"Isso é mais uma pirotecnia federal", afirma advogado sobre operação
O advogado Eduardo Mahon, em entrevista na sede da Polícia Federal nesta sexta-feira (21), reclamou que a decisão do juiz Julier Sebastião da Silva, que expediu 91 mandados de prisão que estão sendo cumpridos na Operação Jurupari esta manhã, é mais uma “pirotecnia” federal. A operação, deflagrada pela PF, reprime a extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia.
Mahon tem como clientes três engenheiros florestais, cujos nomes ele preferiu ainda não divulgar, que prestavam consultoria a envolvidos no suposto esquema. O advogado alega que as prisões não terem embasamento.
Além disso, afirma que ao invés de serem expedidos mandados de prisão temporária (cinco dias), foram expedidas prisões preventivas. “Novamente trata-se de mais uma pirotecnia federal de um juiz que já sabemos quem é”, afirma Mahon.
Operação Jurupari
A Operação Jurupari foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) pela Polícia Federal para reprimir crimes ambientais, como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia. Estão sendo cumpridos 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo, expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.
Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.
As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
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