Base aliada do governo está coesa para impedir abertura de CPI.
Sem assinaturas suficientes, deputado admite fracasso na CPI do Maquinário
A Assembleia Legislativa não vai instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suspeita de superfaturamento na compra de máquinas e caminhões pelo governo do Estado. Faltando uma assinatura para conseguir o número necessário para o pedido de abertura da CPI, o deputado Guilherme Maluf (PSDB) reconheceu que a investigação perde força na AL. Apenas sete das oito assinaturas necessárias foram obtidas.
Maluf admitiu, na manhã desta quinta-feira, que não vai conseguir a oitava assinatura porque a base aliada do governo está bastante alinhada. Agora, segundo ele, o trabalho de investigação perde força e deve ser feito apenas nas comissões da Assembleia, colhendo esclarecimentos dos secretários de Estado.
No início do mês, o parlamentar defendeu a criação da CPI. "A Assembleia não pode ficar fora [da investigação] de um escândalo desse porte. Milhões foram desviados", disse Maluf. Já o presidente da Casa foi ponderado sobre o assunto. "A CPI seria um instrumento muito útil desde que não tivesse já em curso uma investigação sendo realizada pelo Ministério Público, pelo secretário de Estado de Segurança", disse José Riva.
O governador Silval Barbosa, quando começou a ser levantada a possibilidade de instauração da CPI do Maquinário, evitou criticar a atitude do Legislativo. "A CPI não é de minha competência. O Parlamento é livre. Todas as decisões que o Parlamento tomar, vamos respeitar. Mas o que tinha que pedir apuração, o Estado teve iniciativa em pedir ao Ministério Público que apure", disse Silval.
Comentários