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Quinta - 20 de Maio de 2010 às 06:07
Por: Jean Campos

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Cinco advogados presos durante a operação Asafe conseguiram, no mesmo dia da prisão, transferência da Polinter para o 3º Batalhão da Polícia Militar, localizado no CPA IV, em Cuiabá. Trata-se de Célia Cury, Rodrigo Vieira, Alcenor Alves de Souza, Alessandro Jacarandá e Santos de Souza Ribeiro. Até a noite de ontem, o advogado Max Weize Mendonça não havia se apresentado à superintendência da PF. Ele também deve ser conduzido ao Batalhão.

A medida teve respaldo da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da Comissão de Defesa das Prerrogativas.

O secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Diógenes Curado, convocou na tarde de ontem entrevista coletiva para esclarecer que a transferência “não se trata de privilégio e sim prerrogativa da classe”.

“Estamos cumprindo a lei para que a prisão temporária não corra o risco de ser revogada”, afirmou o secretário. Diógenes explicou que a concessão de habeas corpus a outro advogado há alguns dias, que argumentou que a Polinter não atendia ao dever constitucional do Estado de reservar cela em unidade militar, levou a secretaria a adaptar duas salas – uma para homem e outra para mulher - no batalhão da PM, com banheiro, cama beliche e ar-condicionado.

O presidente da OAB de Mato Grosso, Cláudio Stábile, disse que a Ordem acompanha todos os depoimentos de advogados e fiscaliza o cumprimento das prerrogativas da classe. Comentou também que, embora tenha requerido informações sobre o processo junto à Polícia Federal, obteve a resposta do superintendente de que não poderia comentar por ser tratar de procedimento em segredo de Justiça. “Requeremos a cópia do processo no STJ para instaurar procedimento ético disciplinar contra os envolvidos”, informou Stábile.

Ele observa que será dado amplo direito de defesa aos advogados, que podem receber penas que variam de advertência, suspensão da carteira funcional, multa ou até mesmo exclusão dos quadros da Ordem.

Em razão do processo correr em segredo de Justiça, todos os advogados procurados pela reportagem se recusaram a responder se tentarão suspender a prisão temporária dos acusados, que vence em cinco dias.






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