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Politica MT
Quinta - 20 de Maio de 2010 às 00:37
Por: Sonia Fiori

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Com aprovação unânime da bancada mato-grossense no Senado, o projeto Ficha Limpa foi aprovado ontem em Plenário, na Casa de Leis. Os senadores democratas Jayme Campos e Jorge Yanai e Serys Slhessarenko (PT) erguerem no Congresso Nacional a bandeira dos parlamentares que defendem um novo momento no processo eleitoral através da aprovação da matéria. O projeto também é respaldado por seis dos oito representantes do Estado na Câmara Federal.

Yanai, que expôs amplos motivos para a aprovação da proposta, ressaltou a importância de o eleitor acompanhar os passos dos candidatos. “Sou favorável porque o projeto de lei é mais um passo no sentido da moralização na política. Através da exposição de pendências jurídicas dos candidatos deve-se melhorar o sistema eleitoral. Muitas vezes o eleitor é levado a votar até porque não tem muitas informações sobre o candidato. Mas agora também cabe ao eleitor buscar informações, ler, ter acesso ao que o candidato fez ou faz. O eleitor tem uma responsabilidade nesse processo”, enfatizou.

O senador Jayme Campos disse que a aprovação do projeto vai ajudar na consolidação de um quadro de transparência. Destacou ainda que o eleitor terá mais facilidade para ter acesso a dados que irão ajudar a formular sua opinião. Para o parlamentar, o Ficha Limpa marca uma nova etapa no sistema eleitoral do país. Serys disse que é a favor da matéria porque o projeto irá assegurar regras mais transparentes para o processo eleitoral.

A matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, ontem. Após aprovação em plenário, o projeto Ficha Limpa segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a reunião da CCJ, os senadores lembraram que a matéria, aprovada por unanimidade na comissão, se aplicada nas eleições deste ano poderá excluir do pleito cerca de 25% dos políticos que pretendem se candidatar.

Com algumas alterações no projeto original, o Ficha Limpa prevê o combate à prática da renúncia ao mandato – tática utilizada por políticos para evitar eventual cassação depois de uma denúncia de irregularidade. A matéria é de iniciativa popular e ganhou força no Congresso nacional depois de receber mais de 1,6 milhão de assinaturas – colhidas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.





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