Riva não teme envolvimento em venda de sentenças
O presidente da Assembléia Legislativa José Riva (PP) disse em entrevista à imprensa o na manhã desta quarta-feira (19) que defende investigações da Polícia Federal, apesar de não ter muito conhecimento sobre a Operação Asafe, deflagrada na terça-feira (18). Ele pontuou ainda não temer que seja feita qualquer relação entre seu nome e o do advogado e juiz do TRE-MT Eduardo Jacob, que teve mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência pela PF.
Eduardo Jacob foi advogado do deputado e Ouvidor-geral da AL antes de assumir a vaga de juiz no Tribunal. Riva afirmou que Jacob nunca julgou nenhum processo que o progressista fizesse parte. “O Educado nunca julgou nenhum processo que eu estivesse envolvido. Cada um responde pelos seus atos”.
O parlamentar disse ainda que não pode opinar sobre a Operação Asafe, uma vez que, não tem conhecimento dos fatos, a não ser pelo que tem sido divulgado pela imprensa. “Eu não sei muito da operação, mas avalio que quando há algum indício tem que ser investigado mesmo”.
Riva ponderou ainda que toda e qualquer instituição pública está sujeita à fiscalização, bem como aqueles que a compõem. “Todos estão sujeitos a serem investigados deputados, juizes, desembargadores. Somos pessoas públicas estamos propensos a isso”.
Operação Asafe
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18). Os envolvidos são acusados de práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa, passiva e formação de quadrilha. Ao todo foram nove mandados de prisão temporária expedidos pela ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito judicial. A PF também cumpre 30 mandados de busca e apreensão em escritórios de Cuiabá, Alto Paraguai e Várzea Grande.
As investigações foram iniciadas em 2007 quando a Polícia Federal em Goiás indicou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso. Participam da operação 125 policiais federais e dois médicos, acompanhados de seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil - seccional em Mato Grosso (OAB/MT).
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