Advogados presos são transferidos para cela especial
Os cinco advogados presos pela Polícia Federal, durante a Operação Asafe, conseguiram cela especial e foram transferidos da Polinter (anexo 1 da Penitenciária Central) para o 3º Batalhão da Polícia Militar, localizada no CPA IV, em Cuiabá. Eles e mais quatro pessoas, entre elas um advogado que continua foragido, tiveram a prisão temporária decretada pelo Superior Tribunal de Justiça no inquérito judicial que investiga venda de sentença no Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE).
Os advogados possuem prerrogativa de serem recolhidos em prisão especial ou em sala especial de Estado-Maior. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile, protocolizou na noite de ontem, um ofício requerendo a transferência dos profissionais.
Na lista de presos está a advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado Tadeu Cury, o seu sócio e advogado Alessandro Jacarandá, o advogado Jarbas Nascimento, ex-chefe de gabinete do magistrado, Rodrigo Vieira e Alcenor Alves de Souza (ex-prefeito de Alto Paraguai).
Eles são acusados por práticas de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. Conforme Cláudio Stábile, a diretoria da OAB já requereu junto ao Ministério da Justiça e à Superintendência da Polícia Federal cópias dos depoimentos de todos os profissionais presos para encaminhá-los aos Tribunais de Ética e Disciplina e de Defesa das Prerrogativas, para, dependendo da gravidade das acusações que pesam sobre eles, submetê-los a julgamento interno, de acordo com o Estatuto da Advocacia.
A OAB pediu também a ministra da Justiça, Nancy Andrighi, via fax, que os advogados presos sejam recolhidos a dependências do Estado Maior, conforme lhes garante a lei. “A OAB apóia as investigações para que a sociedade mato-grossense possa receber os esclarecimentos necessários sobre as graves denúncias que se encontram em apuração no STJ” - afirma o presidente Cláudio Stábile.
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