Único interesse entre PT e PSB é apoiar Dilma, garante Abicalil
A aposta do presidente do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, de que seria possível fechar aliança com o PT na proporcional perdeu força na reunião entre as duas executivas estaduais nesta segunda (17). O encontro foi "amigável", mas só serviu para que o PT reforçasse ao PSB a tese de que, em âmbito nacional, os socialistas sinalizam oficializar apoio à ex-ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff (PT). “Eu reafirmei que o PT vai defender o palanque de Dilma. Isso não se questiona. É fato que o PSB também sinaliza apoiar Dilma. Isso foi reconhecido por eles. Esse interesse em comum nós temos”, disse, em tom taxativo, o presidente regional do partido, deputado federal Carlos Abicalil.
Embora afirme que não houve intenção de pressionar o PSB, o petista alerta que o fato dos socialistas participarem de uma aliança que conta ainda com PDT, PPS, PRTB e PV, inviabiliza a composição nas proporcionais. Isso porque o movimento “Mato Grosso Muito Mais” se divide na majoritária entre três candidatos. O PSB deve fechar com Dilma, mas o PPS caminha ao lado do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Já o PV segue com a senadora Marina Silva, filiada à sigla.
Mesmo sem avanço, Valtenir classificou o diálogo como extremamente positivo. “Diante das colocações que eles fizeram, não existem portas fechadas”, disse. De acordo com ele, uma aliança entre os partidos, a exemplo do que acontece na esfera nacional, ajudaria a fortalecer a bancada de Mato Grosso na Câmara. “Em outras ocasiões, o PSB sempre esteve em lado oposto ao do PT em Mato Grosso”, disse.
O socialista sentiu a resistência do partido de Abicalil. O argumento de que a coligação entre PSB e PT seria vantajosa para ambos foi ignorada pelos petistas. “Eles teriam imensa dificuldade na formação de um chapão para as proporcionais, enquanto que se somarmos esforços, podemos garantir um representante de cada partido na Câmara”, ponderou Valtenir. Já Abicalil só vê vantagem se o apoio do PSB se voltar totalmente a Dilma, o que significaria desistência da pré-candidatura a governador de Mauro Mendes (PSB). Na reunião, essa possibilidade nem mesmo foi levantada pelo pré-candidato.
Comentários