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Agronegócios
Quarta - 19 de Maio de 2010 às 06:47
Por: Marcondes Maciel

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou ontem a realização do primeiro leilão PEP (Prêmio para Escoamento da Produção) de milho no próximo dia 25, num total de 1 milhão de toneladas para todo o país. Mato Grosso deverá ofertar 60% deste total, 600 mil toneladas.

De acordo com o superintendente regional da Conab, Ovídio Miranda, o governo federal deverá realizar este ano 12 leilões de milho, totalizando 12 milhões de toneladas, com média de 1 milhão de toneladas a cada leilão. O volume total a ser ofertado pelo Estado ficará em torno de 7,2 milhões de toneladas até o final dos leilões de 2010, previsto para agosto.

O objetivo dos leilões é garantir prêmio mínimo ao produtor e escoamento do produto. O preço mínimo atual é de R$ 13,98, 5,90% a mais que o ofertado em 2009, R$ 13,20.

Segundo Ovídio Miranda, a variação do prêmio máximo nos leilões este ano ficará em torno de R$ 3 a R$ 3,50 por saca, dependendo da região. “Mato Grosso será dividido em seis regiões para efeito de definição do prêmio”, informou.

Ele informou que no ano passado a Conab realizou 21 leilões, totalizando o escoamento de 3,804 milhões de toneladas. Foram realizados ainda quatro leilões Pepro (Prêmio de Equalização de Preços ao Produto), num montante de 1,33 milhão de toneladas.

Além disso, o governo federal enxugou o mercado através de aquisições diretas (AGF) e contratos de opção na ordem de 1,97 milhão de toneladas. Somando-se as aquisições e o escoamento, o governo retirou do mercado 7,11 milhões de toneladas. Desse total, 5,14 milhões foram escoados em 2009 com os incentivos dos instrumentos de subvenção – Pepro e PEP.

O governo ainda tem 2,90 milhões de toneladas de milho estocados estocadas no Estado. Ovídio Miranda diz que o produtor está ansioso pelos leilões por conta da produção que começa a ser colhida a partir de agora.

CAPACIDADE - Em Mato Grosso, a Conab conta com cinco unidades armazenadores – Alta Floresta, Sinop, Sorriso, Diamantino e Rondonópolis - com capacidade estática para 200 mil toneladas. No total, o Estado tem uma rede de 2,27 mil armazéns, com espaço para abrigar até 27 milhões de toneladas (capacidade estática).

O governo federal está estudando medidas para propiciar o escoamento do estoque regulador que está depositado em Mato Grosso.

Para Ovídio Miranda, a solução definitiva para o problema de armazenamento passa por investimentos. A Conab tem estudos indicando que o ideal seria uma capacidade de no mínimo 20% acima da produção.

Para a safra 09/10, estima-se que a produção de Mato Grosso chegue a 30 milhões de toneladas de grãos, sendo 18,70 milhões de toneladas de soja, 9,2 milhões de toneladas de milho e o restante de arroz, feijão e algodão.

PRODUTOR – O anúncio do primeiro leilão de milho em 2010 trouxe alívio ao produtor de Mato Grosso. Segundo o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Marcelo Duarte Monteiro, o início dos leilões dá tranqüilidade ao setor no momento em que os agricultores se preparam para o início da colheita, previsto para o final deste mês.

“Foi um enorme alívio”, afirmou Monteiro, acrescentando que a divisão do Estado em várias regiões, para efeito de cálculo das variações do prêmio, também foi benéfico ao produtor. Segundo ele, a necessidade de Mato Grosso para este ano é de que sejam leiloadas entre seis milhões e oito milhões de toneladas de milho via PEP.






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