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Terça - 18 de Maio de 2010 às 13:12
Por: Rafael Costa

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Midianews
Ex-juíza do TRE, Maria Abadia Aguiar é suspeita de favorecer o prefeito Marcelo Ribeiro (destaque)
Ex-juíza do TRE, Maria Abadia Aguiar é suspeita de favorecer o prefeito Marcelo Ribeiro (destaque)

O retorno ao cargo do prefeito de Barão de Melgaço (113 km ao Sul de Cuiabá), Marcelo Ribeiro (PP), por conta de uma decisão favorável do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), pode ter sido motivada por venda de sentença de magistrados que, na época, compunham o Pleno.

Meses após a eleição municipal de 2008, o progressista perdeu o mandato por ordem do juiz eleitoral Lídio Modesto Filho, por compra de votos.

A suspeita de venda de sentença foi confirmada pela advogada e ex-juíza Maria Abadia Aguiar, relatora do processo que culminou no retorno de Marcelo Ribeiro ao cargo. Ele é marido da deputada estadual Chica Nunes (DEM) e é acusado de ser servidor fantasma da Câmara Municipal de Cuiabá, por mais de dez anos.

A magistrada esteve, hoje pela manhã, prestando depoimento aos delegados da Polícia Federal, por conta da Operação "Asafe", deflagrada nesta terça-feira (18) para investigar supostas irregularidades na Magistratura mato-grossense.

"O interrogatório se referia apenas ao Tribunal Regional Eleitoral. Fui questionada a respeito dos processos de Barão de Melgaço e Alto Paraguai. [Os delegados] perguntaram sobre outros dois processos, mas citaram apenas os números e informei que não tinha conhecimento. Fui relatora do processo que originou o retorno do Marcelo Ribeiro e entendi que não havia provas consistentes para manter a condenação de primeira instância", afirmou a juíza, após sair da sede da PF, na Avenida do CPA.

Escuta telefônica

Aparentando tranqüilidade, Maria Abadia Aguiar revelou que foi convocada para prestar depoimento porque seu nome foi citado numa interceptação telefônica da Polícia Federal. A conversa dava conta de suposto recebimento de dinheiro para favorecimento de políticos do município de Alto Paraguai.

"Meu nome foi citado indevidamente. Nnão conheço pessoas envolvidas em esquemas de venda de sentença. Como advogada, sempre escuto boatos, mas nunca houve nenhuma comprovação. É um assunto grave que merece esclarecimentos", disse.

Ela não confirmou se outros membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) estavam presentes na PF, prestando depoimento. "Não vi ninguém. Não tenho conhecimento se alguém foi preso ou convocado para prestar esclarecimentos", assegurou.

No entanto, o advogado e ex-juiz do TRE, Renato Vianna Gomes, foi detido e encaminhado à PF para prestar esclarecimentos.






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