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Nacional
Segunda - 17 de Maio de 2010 às 21:42

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Agentes da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, com apoio da tropa de choque da Polícia Militar, concluíram nesta segunda-feira a reintegração de posse da fazenda Petrópolis, localizada entre os municípios de Miranda e Aquidauana (a 200 km de Campo Grande). Cerca de 500 índios da etnia terena, que montaram acampamento no local há quase sete meses, foram despejados.

Os índios dizem que a ação foi violenta e incluiu o uso de cães, balas de borracha e bombas de efeito moral. Ao menos um índio foi ferido, sem gravidade. "Fomos escorraçados com truculência. Mesmo sem ninguém enfrentar, os policiais já chegaram atirando e jogando bombas em meio a mulheres e crianças. Depois, nos deram só 20 minutos para recolher tudo o que é nosso e sumir", disse Lindomar Ferreira, um dos líderes do acampamento.

Os índios haviam bloqueado na manhã de hoje as duas pistas da BR-262. O protesto era contra a demora na definição a respeito da terra indígena Cachoeirinha, cuja identificação feita pela Funai incide sobre cerca de 1.100 hectares da fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian.

O líder dos terenas afirmou que as agressões partiram principalmente dos integrantes da tropa de choque estadual. "A Polícia Federal queria negociar. Foi o pessoal do Cigcoe [Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais] que chegou atirando", disse.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da PF em Campo Grande, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto. A assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública confirmou o envio da tropa de choque ao local, mas disse que o grupo se limitou a dar apoio à PF e não participou diretamente do despejo.






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