TJ nega monitoramento prévio de vídeos sobre ex-prefeito de Cuiabá
Em março, pouco antes de se desincompatibilizar do cargo, Santos entrou na Justiça contra a publicação no YouTube de um vídeo intitulado "Samba da Lorota". Na peça musical, o então prefeito era chamado de "pinóquio" e "mentiroso". "O meu voto já foi seu, mas tudo o que você falou não aconteceu", dizia um trecho da letra.
Além da retirada do vídeo do sistema, o prefeito conseguiu ainda que o Google fosse obrigado a monitorar o conteúdo das postagens, para evitar "novas agressões". A empresa cumpriu o primeiro item, mas recorreu do segundo, por considerar "impossível" atender à exigência.
Para o desembargador Sebastião de Moraes Filho, relator do recurso, a varredura prévia dependeria de "critérios subjetivos" do próprio alvo de eventuais ofensas. "[Não é] possível determinar a censura prévia de conteúdo eventualmente ofensivo ao agravado", opinou.
O relator lembrou que o vídeo indicado pelo ex-prefeito foi devidamente excluído e que, em caso de episódios semelhantes, bastará indicar ao Google a localização da postagem para análise.
"A medida que melhor se encaixa ao objetivo [...] é a determinação de que a empresa agravante continue a excluir vídeos devidamente identificados pelo agravado como ofensivos à sua honra e ou moral", apontou.
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