A construção civil deve encerrar o primeiro semestre de 2010 com cerca de 130 mil novos empregos no Brasil. A previsão de contratações para o segundo semestre é de outros 70 mil postos de trabalho, segundo estimativas do Secovi-SP (sindicado da habitação de São Paulo) divulgadas nesta segunda-feira (17).
Só o Senai deve formar entre 50 mil e 60 mil trabalhadores para o setor este ano, diz o presidente do sindicato, João Crestana.
- Os canteiros de obra também estão formando muita gente. Temos que incentivar a população que está no Bolsa Família ou no seguro-desemprego a trabalhar.
Apesar da quantidade de brasileiros que a construção pretende empregar neste ano, o setor sofre com a ausência de mão de obra especializada. De acordo com Petrucci, encontrar técnicos e engenheiros está cada vez mais difícil e leva, no mínimo, seis anos para formar um profissional deste tipo.
Entretanto, o mercado não vai sofrer por falta de mão de obra, garante Celso Petrucci, economista-chefe do sindicato. Para ele, a entrada da força de trabalho feminina nas obras deve ajudar a amenizar o saldo negativo de mão de obra da construção.
- O setor vai encontrar uma saída, assim como encontrou quando havia falta de crédito. Além disso, hoje, já temos muitas mulheres na construção civil nas mais diversas funções.
Nos primeiros três meses do ano, a construção civil vendeu 8.461 imóveis novos só na cidade de São Paulo, segundo o Secovi-SP. Já o número de lançamentos alcançou a marca de 6.193 unidades na capital paulista, de acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
No ano passado, foram lançados 31,6 mil unidades. Até o final deste ano, o setor espera crescer 10% em lançamentos e chegar aos 35 mil unidades. Já em relação às vendas, a meta é aumentar em 5% e atingir a marca de 37,5 mil imóveis – contra 35,8 mil de 2009.
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