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Cidades/Geral
Segunda - 17 de Maio de 2010 às 14:49

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A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Polícia Judiciária Civil, de Cuiabá, fechou o primeiro quadrimestre de 2010 com 523 inquéritos relatados e encaminhados às Varas Especializadas em Violência Doméstica e Familiar da capital. A unidade também confeccionou 409 medidas de proteção da Lei Maria da Penha, lavrou 75 termos circunstanciados e intimou mil pessoas para serem ouvidas em procedimentos instaurados na Unidade.

No mesmo período, a Delegacia da Mulher instaurou 484 inquéritos policiais, sendo 154 deles resultado de flagrantes e 330 abertos por portaria, quando há comunicação de crime na delegacia. Quase 600 boletins foram registrados na unidade policial nos quatro meses deste ano, além dos recebidos de outras delegacias da capital. Em 2009, sozinha, a Delegacia concluiu 2.179 inquéritos policiais, registrou e recebeu 2.014 ocorrências, intimou 4.325 pessoas e realizou 873 medidas protetivas para vítimas de violência doméstica.

A Delegacia que fecha o quadrimestre com números positivos de produtividade está com nova titular. A delegada Claúdia Maria Lisita assumiu a direção da unidade em substituição a delegada Silvia Virgínia Biagi Ferrari, que passa chefiar a Delegacia Regional de Várzea Grande. A nova titular, Claudia Lisita, declarou que vai seguir a mesma sistemática adotada pela delegada Sílvia Virginia e os trâmites da Lei Maria da Penha.

Na titularidade da Delegacia de Mulher de Cuiabá desde o ano de 2003, a delegada Silvia Virgínia, analisa os números como reflexo da aplicabilidade Lei Maria da Penha. Para ela, o mecanismo encorajou as vítimas a denunciarem seus agressores, mesmo havendo ainda muitas pessoas reféns da violência doméstica e familiar.

Fatores com a baixa autoestima, dependência econômica e psicológica, além de outros, e, principalmente, o desconhecimento de seus direitos, ainda impedem que algumas vítimas procurem ajuda policial. “As vítimas de violência doméstica e familiar tem muita dificuldade em denunciar seu agressor por possuir vínculo de intimidade e afeto”, explica.

Conforme a delegada, a violência de gênero é um crime "silencioso", que muitas vezes não deixar marcas físicas aparentes e isso faz com que a vítima não denuncie, pois acredita que esteja sendo praticado um crime. “Quando na verdade a mesma pode estar sendo vítima de violência psicológica, moral, patrimonial e sexual”, explica.

Os crimes com mais registro são de lesão corporal, ameaça, injúria, calúnia, difamação e danos. “Não podemos dizer que a violência contra a mulher aumentou o que houve foi um crescimento do número de denúncias. A falta de denúncia gera a impunidade”, finaliza.






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