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Internacional
Segunda - 17 de Maio de 2010 às 14:18

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A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou nesta segunda-feira que o acordo nuclear assinado por Irã, Turquia e Brasil é encorajador, mas Teerã deve fazer mais e obedecer as resoluções do Conselho de Segurança por seu programa nuclear.

O Conselho de Segurança aprovou cinco resoluções pedindo que Irã suspenda o enriquecimento de urânio.

Teerã, que nega as acusações de que seu programa nuclear tem fins militares, disse nesta segunda-feira que vai manter o enriquecimento de urânio a 20%.

O Irã começou a enriquecer urânio a 20% no último dia 9 de fevereiro, após o fracasso do acordo proposto pelas potências, em outubro de 2009, para a troca do urânio iraniano enriquecido a 3,5% por urânio a 20%, enriquecido em solo exterior.

O enriquecimento incitou uma campanha dos Estados Unidos por uma quarta rodada de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU. EUA têm apoio do Reino Unido, França e Rússia, mas ainda enfrenta a resistência da China.

A manutenção do enriquecimento, duramente criticado pelas potências ocidentais e que alimenta as suspeitas de que Teerã mantém fins militares para seu programa nuclear, deve renovar os argumentos dos membros permanentes do Conselho por novas sanções.

Nesta segunda-feira, França e Reino Unido já decretaram que os esforços pela aprovação da quarta rodada de sanções continuam.

O acordo assinado pelo Irã sob mediação do Brasil e da Turquia determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França --muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã no prazo de um ano.

A troca acontecerá na Turquia, país com proximidades com Ocidente e Irã, e sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e vigilância iraniana e turca.

Os presidentes Mahmoud Ahmadinejad e Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, decidiram enviar a proposta no prazo de uma semana para a avaliação da AIEA, agência nuclear da ONU.





Fonte: Reuters

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