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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Agosto de 2013 às 06:55

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Oito anos após adquirir os prédios dos Hospitais Modelo e São Thomé, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não conseguiu dar uma funcionalidade total às unidades. Em 2005, as estruturas foram adquiridas por R$ 3,8 milhões e, desde então, são usadas apenas parcialmente, embora existam vários anúncios de reformas e ocupações dos espaços.


 
Além de adquirir e não usar adequadamente as unidades, o Estado pagou de aluguel R$ 145,8 mil mensalmente aos proprietários do Hospital das Clínicas, onde funcionaria um centro especializado de transplantes, que nunca saiu do papel. O contrato foi firmado em novembro de 2011 e suspenso em março passado. Porém, a SES garante que pagou somente 6 meses de aluguel.


 
O montante representa R$ 874,8 mil aos cofres públicos. Na avaliação da presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiróz, o fechamento dessas unidades, que eram particulares, pode estar ligado à redução de leitos no Estado, a exemplo do que ocorreu em todo o país e foi divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Pesquisa da organização aponta que em 7 anos houve uma redução de 42 mil leitos de hospitais no Brasil.


 
Em Mato Grosso, a perda foi de 9,9% e em 2012 o Estado contava com 5.356 leitos, conforme o levantamento do CFM. A superlotação das unidades que continuam funcionando é um dos reflexos da situação, aponta Elza. Porém, a reativação dos hospitais adquiridos pelo Estado não seria a medida mais adequada para solucionar os problemas da saúde pública na opinião dela. “O ideal seria a construção de um grande hospital, como era a proposta do Hospital Central de Cuiabá (que teve as obras abandonadas na dé- cada de 80). Para otimizar os serviços e a população ter um serviço mais adequado é importante ter um local com mais de 250 leitos, com várias UTIs. Seria bem mais vantajoso que ter vários hospitais pequenos”.


 
Zuleide Pulcherio, da Comissão Ambulatorial e Hospitalar do Conselho Municipal de Saúde, complementa que as estruturas dos hospitais adquiridos pelo Estado estão sucateadas diante do abandono ao longo dos anos, o que inviabilizaria a reativação para abrigar leitos. “O que sobrou desses prédios precisa de uma grande reforma para abrigar serviços que não sejam hospitalares, pois não têm mais condições para essa finalidade”.





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