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Domingo - 16 de Maio de 2010 às 09:10
Por: Téo Meneses

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O ex-coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Jossy Soares, nega envolvimento com desvios de recursos apontados pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) na operação Hygeia. Denunciado por formação de quadrilha e apropriação do dinheiro público (peculato), ele alega que a dispensa de licitação para contratação da empresa Intertours Turismo e Viagens LTDA teve sim justificativa, diferente do que apontam as autoridades.

Em nota encaminhada ao jornal A Gazeta, Jossy alega que optou pela dispensa de licitação por causa do caos na saúde indígena registrado na época em que era coordenador. Diz ainda que dispensou o processo licitatório uma semana antes de ser exonerado, mas o fez com três pareceres da Procuradoria da Funasa e agora estaria sendo responsabilizado injustamente pelo desenrolar do processo.

Jossy deixou a coordenação regional da Funasa uma semana depois que foi publicada no Diário Oficial da União a dispensa da licitação, o que ocorreu em 25 de abril de 2005. "A saúde indígena estava em crise profunda naquele momento. Diversos veículos estavam apreendidos em poder dos índios devido protestos face à elevada mortalidade infantil indígena. Por isso, me foi pedida e concordei com a contratação emergencial de 5 camionetas porque não havia carros oficiais".

Jossy encaminhou A Gazeta cópias com a data da publicação da dispensa de licitação e a exoneração do cargo de coordenador para reforçar a defesa de que não assinou o contrato com a Intertours e nem liberou pagamentos.

Ele também ressalta que a contratação emergencial deveria se estender por no máximo três meses, mas foi prorrogada consecutivamente pela coordenação que o sucedeu quando Evandro Vitório chefiou a Funasa/MT. "Por tudo isso, creio que houve um equívoco da Controladoria-Geral da União (CGU) ao auditar o processo de Dispensa anos depois do fato, uma vez que esta mesma dispensa já foi analisada em outro Relatório de Auditoria e Prestação de Contas da CGU, o de número 174637 de 24/05/2006, e que tem parecer do Controle Interno pela Regularidade com ressalvas", completa.

Indiferente às argumentações, o MPF já denunciou 14 pessoas que teriam agido para beneficiar a Intertours.





Fonte: A Gazeta

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