Aliados de Chico Galindo querem novo secretário
Representantes da base de apoio ao prefeito Chico Galindo (PTB) na Câmara Municipal de Cuiabá tentarão emplacar, nessa segunda-feira (17), o vereador Antônio Fernandes (PSDB) como o novo secretário de Infraestrutura da Capital. A proposta vai ser feita durante reunião no início da manhã com o chefe do Executivo que pode resultar na queda do titular da pasta, Euclides Santos.
Vereadores como Adevair Cabral (PDT), Ivan Evangelista (PPS) e Néviton Fagundes (PRTB) vão sugerir o nome de Antônio Fernandes por causa das recentes críticas dos vereadores ao comando da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfe). Além da oposição, parlamentares da base governista não têm poupado ataques à atuação de Euclides Santos.
Além de alterar o comando da pasta, a intenção dos vereadores governistas é fazer com que Fernandes não dispute a presidência da Mesa Diretora da Câmara conforme determinação de parte do PSDB, que quer um vereador tucano na disputa pela sucessão do presidente Deucimar Silva (PP). Caso seja confirmada a troca na Seminfe, o vereador de primeiro mandato não poderá também disputar internamente no PSDB o direito de ser candidato ao Senado como vem insistindo nos bastidores.
Se Antônio Fernandes for nomeado secretário, será beneficiado com a mudança o primeiro suplente de vereador pelo PSDB, Tiago Nunes, sobrinho da deputada estadual Chica Nunes (DEM). Ele já vive a expectativa de tomar posse com a saída do vereador Roosivelt Coelho, que vinha ocupando a vaga do também tucano Edivá Alves. O problema é que a Mesa Diretora se recusou a dar posse porque a licença do parlamentar se deu por motivos particulares, o que impediria a troca de vereador.
A publicação atende um projeto de lei aprovado pela Câmara e já sancionado pelo prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB). Segundo Deucimar, a divulgação conterá ainda os votos dos vereadores em cada projeto que tramita no Legislativo. Os dados ficarão à disposição do cidadão comum no site " www.camaracba.mt.gov.br ".
Segundo Deucimar, a divulgação disponibilizará ainda até o dia 15 do mês subsequente a relação do mês anterior. O presidente da Câmara alega que essa é mais uma medida na tentativa de dar transparência à gestão dos recursos públicos.
A medida já vem gerando reação de alguns vereadores, mas ninguém se manifesta publicamente devido ao receio de ficar mal junto à opinião pública. A frequência dos parlamentares passará a ser cobrada com mais rigor porque qualquer falta não justificada poderá resultar em corte de R$ 1 mil da verba indenizatória que garante R$ 8 mil por mês aos vereadores para custear a atividade parlamentar.
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