Coquetel molotov, atirado em frente à unidade comunitária do Pedregal, assustou policiais. Comando acredita em represália às operações
Traficantes jogam bomba em base policial na Capital
O confronto entre traficantes e policiais se intensificou na semana passada. Um coquetel molotov – bomba de fabricação caseira – foi jogado por bandidos na frente da Base Comunitária do bairro Pedregal. O artefato estourou assustando os policiais. Não satisfeitos, os criminosos ainda ligaram para os policiais fazendo uma série de ameaças.
No entendimento dos PMs, é uma reação à série de operações-relâmpagos realizadas nos últimos meses pelos policiais no combate ao tráfico de drogas e, também roubo e furto, além de porte ilegal de armas. “Prendemos dezenas de traficantes e fechamos inúmeras bocas-de-fumo na região não só do Pedregal, mas, principalmente do Jardim Leblon”, observou um policial.
A bomba caseira fez apenas barulho, suficiente para alertar os policiais. PMs de plantão acreditam que foi apenas um alerta, pois o artefato poderia ter atingido o telhado do prédio e o estrago seria maior.
Para o comandante do Comando Regional I, coronel Zaqueu Barbosa, não será uma bomba ou telefonemas que irão intimidar a Polícia Militar. “Pelo contrário. O combate ao tráfico de drogas é a meta número um do programa de ação na segurança”, frisou.
Anteontem à tarde, policiais militares do Serviço de Inteligência (SI) do 3º Batalhão estouraram mais uma boca-de-fumo, detendo cinco pessoas que traficavam na frente de uma casa na rua 4 de Janeiro, considerado o “shopping” das drogas.
Das cinco, duas foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas. Trata-se se Jucemar Nunes Ferreira, de 22 anos, e Dionatan de Souza Oliveira, de 20. Com eles, policiais militares apreenderam 17 trouxinhas de drogas – entre pasta-base e maconha -, além de R$ 66 em notas miúdas. Os presos negaram ser traficantes, admitindo ser usuários e que teriam ido lá para comprar drogas.
Segundo os policiais, entre os detidos estão dois adolescentes – um de 14 e outro de 17 anos, que coordenavam o esquema. “Enquanto o menor de 14 anos fazia a função de olheiro, o outro era encarregado de pegar as trouxinhas num monte de areia e entregar para os usuários. Os dois presos (Jucemar e Dionatan) eram quem recebia o dinheiro”, explicou um policial.
No esquema, o olheiro fica num quarteirão próximo observando a aproximação da polícia. Se isso ocorrer, o traficante é avisado por telefone celular e a droga é escondida.
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