PP só decide rumos após encontro

Antes de definir o nome de que apoiará rumo à sucessão estadual, o Partido Progressista (PP) vai elaborar uma agenda de propostas durante seminário no próximo dia 24, que reunirá os pré-candidatos a todos os cargos eletivos deste ano. O presidente da Executiva Estadual da sigla, deputado federal Chico Daltro, explica que as sugestões colhidas no encontro farão parte de um programa de governo para os próximos quatro anos.

Depois disso, no dia 31 de maio, o partido divulgará o caminho que seguirá, bem como se poderá apresentar o plano aos três pré-candidatos ao governo, incluindo o governador Silval Barbosa (PMDB). A escolha, segundo Daltro, seguirá o critério de afinidade em relação às propostas do PP e impôs condições. "Quem o PP vai apoiar tem que ter total compromisso com essa agenda progressista".

Ele adianta que entre as propostas de trabalho da legenda está o fortalecimento da agricultura familiar e a regularização fundiária do Estado. De acordo com o dirigente, o PP entende ser necessário que o governo deve atuar intensamente e com agilidade na questão fundiária. "Defendemos também o fortalecimento da agricultura familiar".

Ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo Blairo Maggi, Chico Daltro defende investimentos à área, principalmente nas universidades públicas. Considera que o setor precisa de recursos e vai cobrar isso do candidato majoritário que o PP vir a coligar. Apesar de em Mato Grosso, a posição da legenda está indefinida, a cúpula nacional tem sinalizado apoio ao PSDB, que tem José Serra como pré-candidato à presidência da República.

Ficha Limpa - O deputado alega que, apesar da bancada do PP ter apresentado emendas para alterar o texto original do projeto, é favorável à proposição inicial feito pelo deputado Índio da Costa (DEM-RJ) e que depois da bancada ter liberado os membros para votar contra ou a favor das alterações, ele se manifestou contra as mudanças. Depois de aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto seguiu para o Senado e deverá ser aprovado e sancionado pelo presidente Lula até o dia 3 de julho para que possa valer nas eleições deste ano. O "Ficha Limpa" impede que políticos com condenação na Justiça por decisão de um colegiado disputem a eleição.