A quase cinco meses da eleição majoritária, atual cenário político aponta para um segundo turno entre dois dos três pré-candidatos ao governo de Mato Grosso
Estado pode ter segundo turno pela primeira vez na história
Pela primeira vez na história política local, a eleição para o governo de Mato Grosso aponta para um segundo turno. A presença de três pré-candidatos ao cargo, com boa representação junto ao eleitorado, é um fator que dificulta a possibilidade de um deles definir o pleito no dia 3 de outubro. Se o primeiro colocado não atingir mais de 50% dos votos, está marcado para o último domingo de outubro, dia 31, o segundo turno.
Além do governador, os eleitores vão escolher o novo presidente da República, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Daqui até as convenções, marcadas entre 10 e 30 de junho, a expectativa é de que os pré-candidatos ao governo do Estado Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB) efetivem seus nomes na disputa. Todos garantem que não existe a possibilidade de desistência.
Enquanto Silval é a figura de continuidade do governo de Blairo Maggi (PR), aprovado por 92% dos eleitores e amparado pelo bom desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Wilson Santos – a oposição - não deixa de ser uma proposta de continuidade do projeto de expansão econômica do Estado que também possui respaldo de José Serra (PSDB) - principal adversário presidencial da candidata Dilma Rousseff (PT).
Nesse contexto, Mauro Mendes se assemelha à candidata a presidente Marina Silva (PV), se portando como a terceira via – uma candidatura que pretende resgatar aspectos positivos dos governos anteriores, bem como eliminar suas mazelas. Ambos ainda não são atacados diretamente pelos adversários, pois suas legendas serão cruciais na hipótese de segundo turno. Candidatos que também prometem surpreender nas urnas.
Considerado um dos homens mais influentes da política mato-grossense, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), defende a possibilidade de segundo turno. Seu partido, inclusive, é visto como uma das armas que poderá ajudar um dos candidatos a não adiar a definição.
Ao avaliar o cenário, faltando menos de um mês para as convenções, o progressista pondera que indefinições quanto às coligações podem levar um dos candidatos a deixar de entrar na disputa. “Temos que aguardar as convenções. Porém, é evidente que quanto maior o número de candidatos melhor para o processo democrático. É a oportunidade de debater projetos e não só fazer críticas”, opinou Riva.
Por terem respaldo nacional dos presidenciáveis Dilma Rousseff e José Serra, o republicano Wellington Fagundes, que está no quinto mandato do deputado federal, acredita que, na corrida eleitoral, os candidatos Silval Barbosa e Wilson Santos possuem certa vantagem em relação ao empresário Mauro Mendes. Embora não tenha afirmado diretamente, ele acredita na possibilidade do socialista refluir de candidatura. “Aí, com dois candidatos fortes como Silval e Wilson, não teremos segundo turno”, aposta.
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