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Economia
Sábado - 15 de Maio de 2010 às 13:03

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Começou aos tropeços e com "possibilidade não desprezível de não haver acordo", na frase do principal negociador brasileiro, as conversas para eliminar de vez os subsídios americanos ao algodão e evitar que Brasília retalie Washington, informam Luciana Coelho, Andrea Murta e Eduardo Rodrigues em reportagem na Folha deste sábado.

As sanções avalizadas pela Organização Mundial do Comércio após sete anos de disputa podem chegar a US$ 830 milhões (R$ 1,48 bilhão) e deveriam ter começado em abril. Mas foram adiadas primeiro em duas semanas e depois em dois meses para que, a partir de um aceno americano com medidas paliativas, os dois países fechassem um acordo com vistas a mudar a lei agrícola americana --a Farm Bill-- em 2012.

"Há questões que são muito importantes [nas negociações] e que também causam problemas importantes para eles [americanos]", disse à Folha o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, lembrando o impasse político nos EUA por conta dos subsídios.
O embaixador voltou quarta de Washington, após dois dias das primeiras conversas para uma solução permanente.

Na primeira fase, foi criado um fundo de US$ 147,3 milhões para compensar os brasileiros; suspendeu-se parte dos subsídios ainda não entregue e retiraram-se barreiras sanitárias à carne suína brasileira. São todas medidas temporárias e vistas pelo Brasil como "paliativos", um sinal mais forte dos americanos de querer negociar. Mas não o bastante.






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