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Copa 2014
Sábado - 15 de Maio de 2010 às 12:27

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Secom-MT

O Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014 mudou o foco de suas cobranças. Antes, centrada nas críticas aos projetos dos estádios, principalmente o do Morumbi, a entidade agora volta suas preocupações para como as arenas do Mundial serão custeadas.

Em apenas duas semanas, o COL aprovou projetos de sete sedes: Porto Alegre, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus e Curitiba. O projeto do Maracanã deve ser aprovado nos próximos dias.

A medida visa a agilizar o andamento das obras, que, segundo cronograma da Fifa e do próprio COL, estão atrasadas.

"A partir do momento que os projetos são aprovados, acaba essa discussão de se é necessário aumentar a arquibancada ou rebaixar o campo e começa efetivamente o projeto de obra", afirmou na sexta-feira Ricardo Teixeira, presidente do COL.

O comitê concedeu um prazo de 30 dias para que cada uma das sedes apresente garantias de que a obra sairá do papel.

"Aquelas sedes que não provarem a viabilidade econômica para o estádio estarão fora do processo", ameaçou Teixeira.

Ele, no entanto, refutou a possibilidade de redução do número de sedes. "Não há nenhum pensamento imediato da Fifa, nem para o futuro, de o Brasil ter menos que 12 sedes."

Há a possibilidade, no entanto, de que haja substituição das cidades que não apresentarem um plano de viabilidade econômica. Neste caso, Goiânia ou Belém, que foram candidatas eliminadas da disputa por 2014, devem ser as substitutas.

Não será tarefa fácil, para algumas sedes, apresentar em apenas um mês garantias para as obras. A linha de crédito oferecida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é a principal fonte de custeio da maioria dos estádios, sobretudo, dos públicos. Mas, segundo o banco, somente quatro sedes apresentaram um pedido formal de financiamento: Manaus, Fortaleza, Salvador e Cuiabá.

A capital amazonense, que receberá a visita de representantes do BNDES na terça, foi a primeira a solicitar o empréstimo (R$ 400 milhões), em 5 de março, e deve ter o crédito liberado até o final deste mês.

Já Cuiabá, que só apresentou sua carta-consulta na sexta-feira, não deve conseguir apresentar ao COL a verba do BNDES como garantia para o Verdão. O banco deve levar, pelo menos, três meses para liberar os recursos.

"Não dependemos da linha de crédito. O governo do Mato Grosso já incluiu no orçamento R$ 250 milhões ao ano [R$ 1 bilhão até 2014] para as obras da Copa", disse Adilton Sachetti, presidente da comitê de Cuiabá. "Mas, se o BNDES liberar o financiamento para o estádio, podemos aplicar nossa verba em outras obras da Copa."

O Morumbi, por sua vez, depende de um empréstimo de R$ 150 milhões do banco para que seja adaptado para o Mundial. O São Paulo ainda patina nas negociações com o BNDES.

Concorrente à abertura do Mundial, Brasília abdicou do crédito do banco. Para bancar os R$ 700 milhões da reforma do Mané Garrincha, o governo do Distrito Federal apostará na venda de terras públicas.

Já o governo de Minas Gerais afirmou, por nota, que enviou pedido oficial, em março, ao BNDES. A apresentação do modelo de custeio do Mineirão ao COL pode ser um problema, pois o financiamento deverá ser utilizado pelo consórcio que vencer a licitação, ainda a ser aberta, para o modelo de gestão compartilhada do estádio. 






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