J. Hawilla, dono da empresa, critica clube por ter afastado Diego Souza e irrita diretoria alviverde. Dirigentes garantem que parceria não corre risco
Traffic e Palmeiras entram em colisão
As declarações de Hawilla repercutiram mal, ontem, no Palestra Itália. O técnico Antônio Carlos declarou mais uma vez que o caso estava nas mãos da diretoria alviverde e da Traffic. Seraphim Del Grande, diretor de futebol, foi mais taxativo e não concordou com a opinião do parceiro. "Está havendo uma falta de sintonia com a Traffic. Todas as decisões foram tomadas em conjunto", garantiu, irritado. "O Gilberto Cipullo (vice-presidente do Palmeiras) conversou antes com o Fernando Gonçalves (diretor da empresa)."
A Traffic pagou cerca de R$ 10 milhões por Diego Souza para colocá-lo no Palestra Itália em 2008. Agora, espera por uma proposta melhor para negociá-lo. Apesar de ter ficado chateado com, segundo ele, a decisão do Palmeiras, Hawilla sabe que não há mais clima para Diego no clube. E diz que não será difícil achar um novo time para o meia. Em Belo Horizonte, há a notícia que o Atlético-MG, a pedido de Vanderlei Luxemburgo, vai fechar um empréstimo com o meia até dezembro.
Principal responsável pelas contratações do Palmeiras, Hawilla também admitiu que faltam jogadores para formar um time competitivo e campeão nesta temporada. "Como torcedor estou triste. O Palmeiras precisa de uns dois centroavantes. Para a disputa do Brasileiro, só com o Robert não dá. Coitado do Antônio Carlos", declarou. "Não existem jogadores nesta posição no Brasil, o mercado está difícil. Teria de buscar fora do País." O treinador reiterou ontem sua opinião. "Temos bom elenco, mas não temos jogadores suficientes para a disputa do Brasileiro", criticou. "Vamos ter de esperar os reforços para depois da Copa."
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