Somente em VG já foram 5 ocorrências policiais de assalto e tentativa contra supervisores que fazem pré-coleta dos dados para o recenseamento
IBGE vai pedir segurança das autoridades para realizar o censo
A coordenadoria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em Mato Grosso espera contar com a ajuda das autoridades de Segurança Pública e lideranças comunitárias para que o serviço de recenseadores que preparam o próximo censo do órgão aconteça sem que sejam vítimas de violência.
Durante o trabalho de supervisão, enquanto contratados pelo IBGE percorrem o Estado para identificar nome de rua e número de imóveis, pelo menos cinco ocorrências policiais já aconteceram, com assalto e tentativa de assalto, contra os supervisores. Todos os casos foram em Várzea Grande. O último aconteceu ontem.
“Da última vez, além de levaram o aparelho para pré-coleta dos dados, levaram tudo do rapaz. Ele (supervisor) estava na rua fazendo a coleta e foi abordado por três pessoas que passavam a pé”, relatou o chefe da unidade estadual do IBGE, Deovaldo Benedito de Souza. O fato relatado aconteceu na região do bairro Parque do Lago.
O jovem Gustavo Honório Bardusco Oliveira, de 18 anos, é um dos supervisores que sofreram ataque de bandidos. Defendendo sua primeira atividade profissional formal, há cerca de 10 dias, ele caminhava por volta das 6h30 pela rua Alves de Oliveira, no Cristo Rei, quando foi abordado por dois rapazes, que levaram seu celular. Ele tinha em punho o computador para coleta de dados do Censo.
“Agora, estamos fazendo o levantamento em grupo de cinco pessoas e dentro do carro, porque a violência tá de mais. Ficamos com medo e decidimos percorrer as ruas deste jeito”, relatou o jovem, informando que até as placas do veículo que identificavam ser do governo federal ladrões levaram.
Em outra ocasião, uma garota teria sido abordada, de quem levaram também o computador de mão em que fazia a coleta de dados, o PDA, específico para o trabalho do censo. Cada aparelho custa em média R$ 1 mil. Hoje, percorrem o Estado 530 supervisores, sendo 66 em Cuiabá e 31 em Várzea Grande.
“Temos uma reunião na segunda-feira, na prefeitura (de Várzea Grande), com a Guarda Municipal e lideranças comunitárias para pedir ajuda para fazer nosso trabalho. Porque é levado patrimônio da União, teremos que prestar conta desses aparelhos e comunicar até a Polícia Federal”, completou Deovaldo.
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