A secretária de Avaliação e Gestão da Informação, Luziele Tapajós, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, participa do evento, que acontece em Santiago
Chile sedia seminário sobre a pobreza na América Latina
Discussões a respeito da condição socioeconômica da população da América Latina – em especial sobre a quantidade de pessoas em situação de pobreza – são o foco do Seminário Internacional “Medição Multidimensional da Pobreza na América Latina”. O evento foi aberto na quinta-feira (13/5) e acontece na sede da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), em Santiago, no Chile.
A secretária de Avaliação e Gestão da Informação, Luziele Tapajós, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), participa das discussões. Ela está acompanhada da diretora de avaliação da secretaria, Júnia Quiroga.
Os debates do encontro – que se encerra nesta sexta-feira (14) - têm como eixo temático as análises da pobreza a partir de uma perspectiva multidimensional. “A relevância do seminário, e de nossa participação, justifica-se pelo fato de que a mensuração e caracterização do fenômeno da pobreza são insumos essenciais para o desenho e implementação de políticas adequadas e efetivas à superação dessa condição. Estamos justamente enfrentando esse debate no Brasil, com a determinação diferenciada de linhas de pobreza”, destaca a secretária Luziele Tapajós.
Segundo a dirigente do MDS, as peculiaridades da América Latina requerem o estudo da pobreza não apenas a partir da avaliação da insuficiência de recursos financeiros, mas pela possibilidade de analisá-la sob uma perspectiva multidimensional. “ Vista de forma multidimensional, a pobreza não se limita à falta de recursos materiais ou financeiros senão, também, à privação em outros âmbitos da vida, inclusive, não materiais. Por tal razão, cabe falar sobre a identificação das dimensões que devem estar contempladas em um indicador sintético que abranja diversas facetas desse fenômeno”.
Ainda de acordo com Luziele Tapajós, até pouco tempo atrás, a maioria dos países não contava com dados estatísticos suficientes que permitissem a definição numérica dessa discussão conceitual. No entanto, a disponibilidade desses dados vem crescendo internacionalmente, assim como a demanda pelo estabelecimento de políticas públicas que abranjam essas dimensões, combatendo não apenas a privação material mas também as outras características que vulnerabilizam socialmente a população alvo das políticas públicas.
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