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Economia
Sexta - 14 de Maio de 2010 às 08:12
Por: Marianna Rodrigues

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Complexo carnes obteve desempenho positivo nos primeiros quatro meses de 2010, com destaque para as aves
Complexo carnes obteve desempenho positivo nos primeiros quatro meses de 2010, com destaque para as aves

Em um intervalo de uma década, Mato Grosso conseguiu multiplicar, e muito, o resultado mensal das exportações. Em abril deste ano, por exemplo, os negócios de mais de US$ 923 milhões fizeram deste mês o melhor abril da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desde 1999. Em 2000, as exportações referentes ao mesmo período somaram pouco mais de US$ 4 milhões.

Na comparação entre abril de 2010 contra abril de 2009, o incremento nas vendas é de 3,9%. Até os resultados divulgados pelo MDIC ontem o recorde de vendas em abril havia sido batido no passado, com faturamento de US$ 888,37 milhões.

Estabelecer recordes tem sido constante quando as exportações são o assunto. Mato Grosso, que figurava até alguns anos atrás entre os menos expressivos no ranking nacional, ficou em sexto no ano passado e em 2010 assegura a sétima posição, à frente de estados importantes no contexto, como Santa Catarina, Pará e Goiás.

Outro destaque sobre o desempenho do comércio internacional mato-grossense é que as vendas contabilizam negócios de mais de US$ 2,88 bilhões de janeiro a abril deste ano. As cifras representam alta de 6,7% sobre o volume registrado em igual período de 2009. Por mais um mês, além de ampliar as relações comerciais, o Estado manteve superávit, que em abril atingiu US$ 2,58 bilhões. A balança comercial fechou o acumulado dos quatro primeiros meses com queda de 67%, impulsionado pela alta de mais de 41% nas importações em relação a igual período do ano passado.

As exportações do Estado equivalem a 60% de todas as exportações do Centro-Oeste e a participação estadual no país é de 5,3%, sobre os mais de US$ 54 bilhões exportados pelo país.

PRODUTOS - O carro-chefe das exportações mato-grossense, o complexo soja (grão, farelo, óleo e lecitina), contabilizou resultado negativo de 3,36% nos volumes embarcados e uma alta de 0,40% no valor pago pelo mercado. Com a queda, o complexo foi responsável por 69,55% do total negociado no primeiro quadrimestre, contra 73,91% registrado em igual período de 2009. O recuo se deve ao menor interesse pelo grão e óleo, que tiveram quedas de 8,3% e 74,9% em volume, respectivamente. Apenas o farelo e a lecitina obtiveram balanço positivo nos primeiros quatro meses deste ano, e alta de mais 22% e 221%, respectivamente.

Como frisa o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, a vedete do quadrimestre foi o complexo carnes – incremento de 28,1% -, com destaque para os cortes de aves, com alta acumulada de 45,9%. Os cortes bovinos tiveram alta de 22,8% e os cortes suínos, queda de 17,8%, na comparação com igual período de 2009. Ainda são citados como destaques a evolução das vendas de couro e ouro com um crescimento de 96%.

“O complexo de carnes passou de US$ 214 milhões em 2009 para US$ 310 milhões neste ano. Esse valor é maior que a soma de todos os outros produtos exportados entre janeiro e abril deste ano. O couro passou de US$ 17,6 milhões para US$ 34,5 milhões e o ouro de US$ 26,7 para US$ 52,6 milhões”.

O açúcar também teve um aumento significativo: cresceu 82%, passando de US$ 1,47 milhão para US$ 2,7 milhões.

MERCADOS - A China se mantém como o maior consumidor da pauta mato-grossense. Na comparação entre janeiro e abril de 2009 contra 2010, as compras chineses ampliaram as cifras em mais de 35%, passando de US$ 714,71 milhões para próximo de US$ 1 bilhão. Somente a China é responsável por 33,48%. Em 2009, em igual período, a participação do país era de pouco mais de 26%. Com 10,76% de participação está a Holanda, com negócios de US$ 330,49 milhões. As relações com outros países fora do eixo europeu evoluíram: Emirados Árabes (324%), Irã (75%), Egito (48%), Rússia (83%), Indonésia (81%) e Estados Unidos (188%).

IMPORTAÇÕES - O técnico em comércio exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Paulo Henrique Cruz, aponta para o desempenho das importações estaduais que somaram US$ 303 milhões, crescimento de 130% se comparadas aos US$ 131 milhões registrados entre janeiro e abril de 2009. “Com esse desempenho, a balança comercial do Estado, mais uma vez, fecha o período apresentando um superávit maior que o do Brasil”.






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