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Sexta - 14 de Maio de 2010 às 04:44

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O Movimento Mato Grosso Muito Mais iniciou seu roteiro de visitas a outros 12 municípios nesta quinta-feira (13), por Sapezal. Os problemas da logística estadual deram o tom das principais discussões durante o encontro no município. “Não conheço nenhum município no Estado onde a infraestrutura chegou antes das pessoas. Temos um povo desbravador, determinado, que com a união de esforços fez este Mato Grosso crescer. Agora precisamos aparar as arestas, fazer uma gestão pública melhor, que acabe com os entraves que comprometem nosso desenvolvimento, a exemplo da logística, ainda muito deficitária”, pontuou o coordenador do Movimento e pré-candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB).

Mendes cita um estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para mensurar os desafios que o Estado enfrentará. “Nos próximos 20 anos a demanda por alimentos crescerá 70%, segundo a FAO. Precisamos aproveitar as oportunidades e engajar em um ciclo virtuoso de crescimento com qualidade. Planejar corretamente e executar com competência são os caminhos para isso. É preciso seriedade nas políticas públicas para agregar mais valor aos nossos produtos, gerar mais empregos e renda, e fazer, realmente, a diferença positiva na vida das pessoas”, disse.

O produtor de Sapezal, presidente do Sindicato Rural do município e vice presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), José Guarino Fernandes, foi enfático ao opinar sobre as questões da logística estadual. “Nosso governo tem que ter mais compromisso com o setor produtivo. 70% do PIB de Mato Grosso vem da agricultura e em Sapezal é 90%. Apesar disso, falta logística, políticas públicas, incentivo governamental para o grande e o pequeno produtor. 40% da nossa soja está ficando no frete e isso é um absurdo”, exclamou.

Para Fernandes, não só a ferrovia deveria ser prioridade, como também a logística fluvial. “Temos grandes rios com enorme potencialidade para nos ajudar a resolver este problema. É esse perfil economicamente viável e ecologicamente correto que tem que existir. Podemos, por exemplo, ter o porto Juruena-Tapajós”, avalia.

“Se eu for governador, do que depender de mim, não haverá construção de hidrelétricas no Estado sem eclusas. Mato Grosso fornece hoje energia para todo o Brasil e tem o segundo maior potencial energético do país, o que é muito bom, mas temos que também fazer com que os órgãos federativos resolvam os problemas de Mato Grosso, a contribuição deve ser mútua”, exclamou Mauro Mendes.

Para o pré-candidato ao Senado pelo PDT, Pedro Taques, o setor produtivo deveria ser discutido sem ideologia. “’E preciso tratar os diferentes de forma diferente. O grande e o pequeno produtor devem ter legislações específicas”. Taques lembrou ainda a necessidade de fomentar a agricultura familiar. “Mato Grosso é um grande produtor de grãos, nosso rebanho também é destaques internacional. Entretanto, o tomate que comemos no almoço não é plantado aqui, vem de outros Estados. Precisamos valorizar a agricultura de subsistência. Resumindo: pensar no setor produtivo como um todo, no antes (segurnaça jurídica), durante (produção e armazenamento) e depois da produção (logística de escoamento)”.

Após Sapezal, a comitiva do Movimento passou por Campos de Júlio, em seguida em Comodoro, onde realizou encontro na Câmara. Os integrantes também participaram das festividades de aniversário do município, no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima. Na ocasião, foram recebidos pelo prefeito de Comodoro, Marcelo Beduschi (PT) e autoridades municipais. O roteiro de quinta-feira terminou em Nova Lacerda.






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