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Sexta - 14 de Maio de 2010 às 03:28
Por: Bruno Garcia

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O pré-candidato ao Senado Antero Paes de Barros (PSDB) afirmou, em entrevista ao MidiaNews, que sua atuação como senador, entre 1998 a 2006, foi decisiva para formação do atual quadro eleitoral do PT com vistas à disputa presidencial, com a candidatura da ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Isso porque ele foi o responsável pelas denúncias contra dois ministros de Lula, que seriam os candidatos naturais do PT nas eleições deste ano, mas que acabaram afastados de seus cargos. São eles: José Dirceu (Casa Civil), denunciado como um dos principais articuladores do esquema do "Mensalão", e Antônio Palocci (Fazenda), que caiu quando o caseiro Francenildo Santos Costa depôs na CPI dos Bingos e, depois, teve seu sigilo bancário na Caixa Econômica Federal quebrado ilegalmente.

"Evidente que não fiz essas denúncias por causa disso. Eu as fiz porque não podia prevaricar", disse o ex-senador. Ele lembrou que foi o autor da denúncia contra Valdomiro Diniz, ex-subchefe da assessoria parlamentar da Casa Civil, que apareceu numa fita de vídeo cobrando propina do bicheiro Carlinhos Cachoeira para a campanha do PT, em 2002. A denúncia deu início ao escândalo do Mensalão e, conseqüentemente, à queda de Dirceu.

Sobre o Caso Francenildo, quando o caseiro afirmou que Palocci freqüentava uma mansão em Brasília, apelidada de "Casa do Lobby", para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no Governo - supostamente para partilhar dinheiro e abrigar festas animadas por garotas de programa -, Antero disse que foi ele quem apresentou Francenildo à imprensa brasileira. Depois, disso houve a queda do ministro Palocci.

Com a queda de Dirceu e Palocci, segundo Antero, o PT se viu obrigado a "fabricar" uma candidatura à sucessão de Lula. "Se isso não tivesse acontecido, o Zé Dirceu seria hoje o candidato do PT. Depois dele, a preferência era pelo Palocci", afirmou.

Questõe éticas

Antero destacou, ainda, que questões importantes no campo da ética passaram despercebidas em seu mandato, citando os casos da violação do painel do Senado e também da CPI do Banestado. "Se o Brasil tivesse prestado atenção no meu mandato, não teriam tomado outros caminhos", declarou.

O tucano lembrou que sua atuação foi decisiva para o afastamento do então senador José Roberto Arruda (DEM) - que teve o mandato de governador Distrito Federal cassado, depois do episódio conhecido como "Demsalão" -, no episódio da violação do painel do Senado. E também destacou que os documentos colhidos por ele na CPI do Banestado geram dificuldades, até hoje, para Paulo Maluf (PTB).

"Esses processos, que são movidos pela promotoria de Nova York, foram baseadas em documentos repassados pela CPI do Banestado, que encaminhei para promotoria", afirmou Antero.






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