AMM parabeniza 23 municípios que comemoram aniversário hoje
Nesta quinta-feira (13), 22 municípios mato-grossenses fazem aniversário. São eles: Alto Taquari, Campinápolis, Cocalinho, Comodoro, Indiavái, Itaúba, Marcelândia, Nova Canaã do Norte, Nova Olímpia, Novo Horizonte do Norte, Novo São Joaquim, Pedra Preta, Peixoto de Azevedo, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, Primavera do Leste, Reserva do Cabaçal, São Félix do Araguaia, Sorriso, Tangará da Serra, Terra Nova do Norte, Vera e Vila Rica.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Pedro Ferreira de Souza, parabeniza os prefeitos dos 22 municípios aniversariantes, bem como, toda população.
Históricos
Alto Taquari
A primeira denominação da localidade foi Cabeceira, certamente por abrigar a nascente do Rio Taquari que fica muito próxima à sede municipal, sendo que, após alguns anos passou a ser chamada de Taquari. A cabeceira do Ribeirão Furnas, tributário do Rio Taquari, que contribui para a Bacia do Prata, é o ponto mais meridional de Mato Grosso.
Cogita-se que povos indígenas, antigos habitantes da área, usavam a haste da taquara, abundante na região do Rio Taquari, para fabricar cachimbos e flechas. A denominação Alto Taquari foi escolhida através da Associação de Amigos, depois de ampla discussão com os moradores da cidade. Cogitou-se também, a possibilidade do nome da cidade ser São José do Taquari, em homenagem ao santo padroeiro São José, e ao Rio Taquari.
A privilegiada posição geográfica de Alto Taquari lhe permitiu desenvolver, ao longo dos tempos, vínculos históricos com dois estados da Federação, vizinhos do município: Goiás e Mato Grosso do Sul. Desta maneira, a vila sempre foi rota de mascates, boiadeiros e tropeiros na ligação de Mato Grosso com o sudoeste goiano, sobretudo com o município de Mineiros. De 1960 a 1980, foi intenso na região o movimento de boiadas conduzidas por comissários, que partiam de Paranatinga, Pedra Preta, Barra do Garças e Rondonópolis para o interior de São
Contemporaneamente o município de Alto Taquari é o ponto mais estratégico de Mato Grosso no sistema multimodal de transporte que utiliza rodovias e a Ferrovia Ferronorte para escoar soja, farelo de soja e outros produtos agrícolas de Mato Grosso para o porto de Santos. A 07 de maio de 1938, foi criado o Distrito Policial de Alto Taquari, e o Distrito de Paz em 17 de outubro de 1958. No dia 13 de maio de 1986, pela Lei nº. 4.993, foi criado o município de Alto Taquari.
Campinápolis
A primeira denominação da localidade foi Vila Jatobá. O municipio foi inicalmente povoado por José de Souza Brito, Pedro Alves Pereira, Satil Gonçalves, Zico Alves Pereira, Alvarino, Firmino dos Santos Lima, Arnálio Modesto e outros grandes representantes que posteriormente ocasionarão a fundação.
Neste período as ruas foram medidas na corda e braço e os lotes distribuidos. No ano de 1974, já existia a estrada que vai de Nova Xavantina até a entrada da Fazenda Cristalina, a aproximadamente 15 kms da cidade. Dali para a frente descortinava-se apenas a mata, o cerrado pesado e ao fundo a subida íngreme da Serra do Roncador.
Os colonos produtores eram posseiros vindos de duas grandes áreas de terra escrituradas, sendo uma da viúva Estephânia Brawn e a outra do sr. Keller, ambas de 25 mil ha. cada. Assim surgiu a Vila Jatobá. A primeira missa foi rezada em 13 de maio de 1975 pelo pe. Arante.
No dia 13 de maio de 1980, Vila Jatobá foi elevada à categoria de distrito de Nova Xavantina, sua denominação alterada para Campinápolis.
Segundo relato oficial da prefeitura municipal, a denominação Campinápolis provém da união dos termos Campinas de Goiânia e Anápolis, em homenagem a algumas famílias oriundas dessas duas localidades no Estado de Goiás. Anápolis é município antigo, ao passo que Campinas de Goiânia é um bairro da cidade de Goiânia, ponto inicial da ocupação da capital goiana. O município foi criado em 13 de maio de 1986, pela Lei nº 4.994.
Cocalinho
A ocupação do território do município de Cocalinho ocorreu mais remotamente, em comparação com outros núcleos da região sudeste mato-grossense. Em 26 de abril de 1928, o governo estadual reservou, através do Decreto-Lei nº 808, uma área de 1.800 hectares de terras devolutas para formação do povoado de São José do Cocalinho, no município de Registro do Araguaya.
No dia 21 de abril de 1932, o município de Registro do Araguaya teve sua denominação alterada para Araguayana, ao qual estava jurisdicionado o território da povoação de São José do Cocalinho. O Decreto Estadual nº 368, de 18 de maio de 1934, criou no município de Araguayana o Distrito de Paz de São José do Cocalinho.
A região tomou impulso na década de quarenta, por conta das ações desenvolvidas pela Fundação Brasil Central. A Lei nº 163, de 25 de outubro de 1948, permitiu que fosse criado o distrito de São Félix, com desmembramento de área de São José do Cocalinho.
O Decreto nº 1.329, de 19 de maio de 1952, reservou área de 3.600 hectares de terras devolutas no município de Barra do Garças, para formação do patrimônio da Vila de Cocalinho. O município foi criado em 13 de maio de 1986, através da Lei Estadual nº 5.009, com a denominação de Cocalinho.
Comodoro
A denominação Comodoro se deve ao conteúdo de alta relevância, de nobreza, de superioridade do termo empregado pela Marinha. A colonização na região começou com os incentivos dos governos federal e estadual para a ampliação da fronteira agrícola. Por ser ponto limítrofe entre os Estados de Mato Grosso e Rondônia, foi se formando um núcleo de povoamento que, inicialmente, denominou-se Nova Alvorada, tornando-se distrito a 6 de junho de 1977.
A colonização de Nova Alvorada foi idealizada por Raimundo Costa Filho, o fundador da cidade de Colíder. Comodoro é fruto de um projeto de colonização surgido em 1983, idealizado por José Carlos Piovesan, atraindo pessoas de todas as partes do país. O nome Comodoro foi escolhido através de uma lista que o colonizador da localidade fez junto à própria família.
Através da Lei nº 4.091 de 13 de julho de 1979, transferiu a sede de Nova Alvorada para o distrito de Novo Oeste. A Lei nº 4.636, de 22 de março de 1985, criou o distrito de Comodoro, transferindo para este a sede antiga de Novo Oeste. O município foi criado a 13 de maio de 1986, pela Lei Estadual nº 5.000.
Indiavaí
Em junho de 1961, Antenor Modesto, paulista de Jales, chegou pela primeira vez à região. Adquiriu considerável área de terras do gaúcho Francisco Orisvaldo, na região que compreende o Rio Jauru e o Ribeirão Água Suja. Na época avizinhava-se das fazendas Turiba e Alto Jauru, ambas de alemães que cultivavam café. O dia 15 de fevereiro de 1962 é considerado o da abertura do núcleo de colonização. Antenor Modesto contratou o engenheiro Selacier das Virgens, um baiano que trabalhava em Cáceres, para demarcar os lotes, tanto rurais quanto urbanos.
Foram pioneiros o sr. José Rodrigues de Freitas, Sebastião Pereira da Silva, Manoel Garcia, sr. Gentil, sr. Onofre, Valdemar Moreira Lemes, Artur e Wandir Bezanini, Manoel Ribeiro, Osvaldo Faria, Ninão, José Batista, José Mariano e tantos outros.
A primeira denominação da localidade foi Água Suja, numa referência ao curso d’água que corta a sede do núcleo urbano, e que tem este nome devido à coloração barrenta da água. Este nome permaneceu até 1966, aproximadamente. Nesta época foi substituído pelo nome de Patrimônio Nova Esperança, termo que perdurou até meados de 1970.
O nome "Indiavaí", segundo depoimento do sr. Antenor Modesto, é homenagem que se prestou aos índios, antigos moradores do sítio onde se encontra a sede municipal.
A cidade de Indiavaí, situa-se às margens do Ribeirão Água Suja, a 700 mts do Rio Jauru. Nas proximidades do sítio urbano existe um lugar que representa um pontal, uma espécie de cotovelo, entremeado pelos dois rios. Este ponto, hoje uma pequena propriedade rural, abrigou, há muitos anos, uma comunidade indígena, certamente índios Boróros Cabaçais.
Antenor Modesto diz ter sido grande a quantidade de urnas funerárias, restos de cerâmica e machados de pedra encontrados no período de colonização de Indiavaí - "...era tanta pedra e tanto caco de cerâmica que a gente resolveu homenagear aquela gente que estava ali a tanto tempo e teve que ir embora...", conclui.Segundo a Prefeitura Municipal, o termo Indiavaí significa: Indi...(índia) + Avaí...(feia), ou seja, Índia Feia. O município de Indiavaí foi criado a 13 de maio de 1986, pela Lei Estadual nº 4.998, com território desmembrado do município de Araputanga. Indiavaí é resultado de árduo pioneirismo.
Itaúba
O nome Itaúba foi adotado como típico e expressivo do lugar, devido à essência vegetal dominante nas matas virgens onde a cidade foi projetada, ainda no início da década de setenta, graças à construção da BR-163.
O naturalista alemão Karl Friedrich Philipp von Martius (1863), classificou a árvore itaúba como Lígnum lapideum, madeira de pedra, dura, resistente como a pedra. A classificação botânica da árvore é Mezilaurus itaúba, espécie da família das lauráceas.
Apresenta folhas espessas e oblongas, pequenas flores e frutos de bagas negras. É a rainha das madeiras de construção, largamente utilizada nas propriedades rurais como mourões de cerca.
Desta forma, presume-se que, ao dar o nome de Itaúba à localidade, os pioneiros queriam indicar que o povo desta região tinha uma postura decidida, firme, dura na luta como a itaúba nas matas.
Os principais colonizadores do atual município de Itaúba foram os irmãos Bedim, catarinenses de Aberlardo Luz, que, em 1973, adquiriram terras com o fito expresso de explorar madeiras, beneficiá-las e em seguida abrir pastagens. Em seguida vieram Erci Vicente dos Santos, Getúlio Gelioli, Jorge Strapazon, João Pelechatti e outros. Eles lançaram a semente do núcleo de povoamento do que seria a cidade de Itaúba.
Formou-se um patrimônio que, em 18 de setembro de 1977, transformou-se em Distrito Administrativo do município de Chapada dos Guimarães. O município de Itaúba foi criado pela Lei Estadual nº 5.005, de 13 de maio de 1986.
Marcelândia
A denominação Marcelândia é homenagem a Marcelo Gramolini Bianchini, nascido em 4 de junho de 1970, em Dracena, São Paulo.
O nome da cidade foi dado por José Bianchini, colonizador da localidade e pai de Marcelo, o único filho homem do casal Bianchini, e ainda uma criança quando foram lançadas as bases de colonização de Marcelândia.
A colonização de Marcelândia deu-se através de ações desenvolvidas pela Colonizadora Maiká, de José Bianchini, a partir de 1977. Neste período o único transporte confiável era o fluvial, pois as estradas praticamente inexistiam. A procura pelas terras de Marcelândia tornou-se intensas a partir da publicidade em jornais, rádios e revistas, especialmente na região sul brasileira. O principal predicado do lugar era a fertilidade do solo.
O patrimônio de Marcelândia foi oficialmente fundado em 7 de setembro de 1980. A Lei Estadual nº 4.992, de 13 de maio de 1986, criou o município de Marcelândia, com território desmembrado do município de Sinop.
Nova Canaã do Norte
O primeiro nome de Nova Canaã do Norte foi Gleba Nova Era, dado pela Imobiliária e Colonizadora Líder, cujo principal acionista era Raimundo Costa Filho. Não houve estruturação por parte da empresa povoadora na organização da colonização. Um dos sócios da colonizadora, sr. Louro Silva Lima, foi assassinado e o arranco povoador da gleba estagnou. Os problemas se avolumaram e o povo ficou à mercê de sua própria sorte. Em 1982, o Incra promoveu a regularização fundiária de 3.540 famílias, para fazer respeitar os direitos de propriedade dos colonos, que pagaram pelas terras.
O rítmo da produção agrícola foi levada adiante em esforço pessoal
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