Mendes: ‘Adversários tentam comprar partidos’

Pré-candidato ao governo de Mato Grosso, o empresário Mauro Mendes (PSB) revelou ontem que seus adversários estão “tentando comprar” os partidos que sustentam sua candidatura. Contudo, o socialista afastou qualquer possibilidade de recuar do projeto de disputar o comando do Palácio Paiaguás. “Os adversários até tentam comprar os partidos com inúmeras ofertas, mas eles não estão à venda”, enfatizou. Sem citar nome de adversário, Mauro Mendes adianta que já pensa em segundo turno. “Não pretendo ganhar no primeiro turno. Para tanto, trabalho com determinação”, disparou.

Ainda é forte a investida dos adversários às siglas do movimento ‘Mato Grosso Muito Mais’. Dos nove partidos que iniciaram o movimento no ano passado, permaneceram apenas quatro: PSB, PDT, PPS e PV.

A maior ameaça à candidatura do empresário está na saída do PPS do arco de aliança. O partido continua dividido entre a ala que defende Mauro e o grupo que defende o candidato da oposição, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). O PDT passou por uma fase de instabilidade quanto à confirmação na aliança e reforçou os laços com o PSB após lançar como pré-candidato ao Senado o ex-procurador da República Pedro Taques (PDT).

Ao avaliar o cenário nacional, Mauro Mendes acredita que sua candidatura não sofrerá com os reflexos da direção do partido. Há menos de um mês, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oficializou a decisão da sigla de não apresentar candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acabando com as esperanças do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que pretendia ser candidato à Presidência.

Quando se filiou ao PSB, Mauro Mendes declarou várias vezes que entrou no partido para reforçar o palanque do candidato Ciro Gomes no Estado.

A saída de Ciro da disputa presidencial é o que tem motivado seus adversários a acreditarem que o empresário pode seguir o mesmo caminho. “Só não serei candidato se Deus não quiser”, declarou Mauro Mendes.