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Economia
Quinta - 13 de Maio de 2010 às 01:09
Por: Marcondes Maciel

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Comércio de rua é o grande termômetro das vendas no segmento. Baixas temperaturas não afugentam consumidores.
Comércio de rua é o grande termômetro das vendas no segmento. Baixas temperaturas não afugentam consumidores.

O comércio varejista de Mato Grosso registrou o quarto melhor desempenho entre as 27 unidades da Federação no último mês de março. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas registraram crescimento de 23,5% na comparação com março de 2009. No ranking do IBGE, Mato Grosso fica atrás apenas de Tocantins, com 48,9% de incremento, Rondônia (31,7%) e Acre (31,5%). A média nacional para o mesmo período foi de alta de 15,70%.

Apesar do alto índice de crescimento no mês de março, o resultado publicado pelo IBGE não chegou a surpreender entidades ligadas ao comércio.

Para o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos de Cuiabá e Várzea Grande (Sincotec), Roberto Peron, o comércio está em expansão principalmente no interior do Estado, com a chegada de grandes indústrias e a verticalização da produção. “A agroindustrialização do Estado tem impacto direto na geração de emprego, renda e na abertura de novas empresas do comércio varejista. É muito natural este crescimento”, avalia.

Entre os municípios com os maiores índices de expansão comercial no Estado, ele aponta Nova Mutum, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Tangará da Serra e Colíder, nas regiões norte e médio norte, e Rondonópolis, Primavera do Leste e Campo Verde, no sul/leste.

Nessas regiões, segundo Peron, o agronegócio é muito forte e tem “puxado” investimentos, com destaque para agroindústrias – processamento de matéria-prima e indústria de ração animal, além de frigoríficos de aves e suínos.

“O Estado saindo da era primária para a secundária – industrialização - consolidando a economia regional. Os investimentos têm reflexo direto no consumo, fomentando o varejo e irrigando a economia desses municípios”.

Perón lembra que com a chegada da Vicuña Têxtil e da Hering, que estão aportando seus investimentos em Mato Grosso, o comércio varejista vai dar um salto ainda maior nos próximos anos, estimulando a geração de empregos e ampliando a renda da população.

“O comércio no interior do Estado vai muito bem e, mantendo-se o crescimento do agronegócio e a aceleração do processo industrial, trabalhamos com perspectivas de que o setor avance ainda mais em 2010”, prevê Peron.

CDL – O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), José Alberto Vieira Aguiar, vê com “naturalidade” o resultado da pesquisa do IBGE que aponta crescimento acima de 23% nas vendas no mês de março. Segundo ele, ações ambientais do Ibama e governo do Estado contra madeireiras reprimiram o comércio no ano passado, provocando retração na economia e queda do varejo. “Este ano o comércio está totalmente refeito da crise e retomou seus níveis de crescimento a patamares acima da média devido a este represamento”, disse ele.

Alberto Aguiar lembrou que no segundo semestre é que o comércio terá um termômetro mais real sobre o comportamento das vendas no ano. A expectativa da CDL é crescer entre 6% e 7% em 2010.

CUIABÁ – Pelos dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Cuiabá registrou crescimento de 22,41% nas vendas de varejo no mês de março em relação a fevereiro. No levantamento do IBGE, o percentual nacional neste comparativo foi de 1,6% no volume de vendas.

Já no comparativo entre março deste ano e o mesmo mês de 2009, o crescimento das vendas em Cuiabá foi de 12,64%, contra a média nacional de 15,7% apontada na pesquisa do IBGE.






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