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Quarta - 12 de Maio de 2010 às 18:58

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Divulgação
Viatura da Rotam de Mato Grosso
Viatura da Rotam de Mato Grosso

O motoboy Gelson Alexandre, 30 anos, morador do bairro Santa Isabel, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde foi constatado que ele perdeu um rim e o fígado, em virtude do brutal espancamento que sofreu no último dia 2. O crime teria sido praticado por um cabo e três soldados da Polícia Militar, ocupantes de uma viatura da Rotam (RT 11).

A denúncia foi feita pela mãe do motoboy, Orlanda Goterra Alexandre, à presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Betsey Polistchuck de Miranda, que entrou imediatamente com uma representação junto à 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, anexando documentos que embasam o pedido de processo penal para punição dos PMs. A mãe do motoboy assina o pedido de punição dos denunciados em conjunto com Betsey Miranda.

De acordo com depoimento prestado à Corregedoria Geral da Polícia Militar de Mato Grosso pela mãe de Gelson Alexandre, por volta das 19h30 do dia 2 de maio, ele estava na Rua 13 de Maio, no bairro Santa Isabel em Cuiabá, em companhia de outras pessoas, quando avistou uma viatura da Rotam. Por ser usuário de drogas, Gelson Alexandre saiu correndo e não obedeceu a ordem dos PMs para parar.

Segundo ainda a mãe do motoboy, quando está sob efeito de drogas, Gelson Alexandre costuma ter visões e por isso teria fugido correndo, inclusive pulando um muro, buscando refúgio em uma residência.

De acordo com a mãe de Gerson, os policiais denunciados à Corregedoria Geral da PM invadiram o imóvel e passaram a espancá-lo, inclusive submetendo-o a afogamento, para que ele desse conta de um revólver. A mãe do motoboy sustenta que seu filho não usa arma de fogo.

Orlanda Alexandre denunciou ainda que, após o espancamento e a prisão de Gelson, a viatura da Rotam ficou fazendo rondas pelo bairro Santa Isabel e cu jos deslocamentos ela procurou acompanhar com medo de que algo pior viesse a acontecer com seu filho. Depois de algum tempo, conforme ainda Orlanda Alexandre, os PMs levaram Gelson para a Policlínica do Verdão e em seguida para o Cisc no mesmo bairro.

Mas apesar de agredido brutalmente pelos policiais, apresentando inclusive dois cortes na cabeça, resultantes do espancamento no interior da residência onde procurou se esconder, o motoboy não foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para passar pelo exame de corpo de delito. Ela afirmou também que o filho não reagiu à prisão e não tem passagem pela Polícia.

Com informações da assessoria de impresa da OAB






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