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MT Eleições 2014
Quarta - 12 de Maio de 2010 às 09:19
Por: Romilson Dourado

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Deputado Pedro Henry, pela reeleição, impõe regras que dificultam eleição na AL de representante de Cáceres
Deputado Pedro Henry, pela reeleição, impõe regras que dificultam eleição na AL de representante de Cáceres

A exemplo de eleições passadas, o deputado federal Pedro Henry, cacique político da Grande Cáceres, está apoiando mais de dois nomes do município na disputa à vaga na Assembleia. Essas amarrações beneficiam de um lado o parlamentar, porque, em moeda de troca, passa a ter mais cabos eleitorais na corrida à reeleição, mas, de outro, acabam por dificultar uma região com 22 municípios e cerca de 200 mil eleitores a eleger deputado estadual. Foi assim nos últimos três pleitos (1998, 2002 e 2006). O último deputado eleito por Cáceres foi José Lacerda (PMDB), em 94. Mesmo sob desgaste por causa do envolvimento do seu nome em escândalos políticos, Henry impõe sua liderança na região e é tido pelo PP como um dos que mais terão votos à Câmara Federal.

Desta vez, Pedro Henry, ex-vice-prefeito, ex-diretor da Sanemat e deputado de terceiro mandato, está reforçando os projetos de reeleição dos já deputados Airton Rondina, o Português, de Araputanga, e de Antonio Azambuja, de Pontes e Lacerda. Ele abriu as portas do chamado curral eleitoral de Cáceres para os dois colegas do PP. Prometeu apoio também à pré-candidatura a estadual do presidente da Câmara Municipal de Cáceres, vereador Leomar Motta. Com essas frentes, Pedro Henry, estrategicamente, "sufoca" outros postulantes de Cáceres à cadeira de deputado, como o ex-vereador e vice-prefeito Wilson Kishi (PDT) e o tucano Celso Fanaia, aliado do prefeito Túlio Fontes (DEM). Curiosamente, todos pertenciam ao mesmo grupo político. Túlio e Henry estão rompidos.

Em 98, Pedro Henry, no PSDB, já era deputado federal. Ele apoiou na época para a Assembleia Túlio Fontes, então filiado no PDT, e também Duda Barros, da mesma sigla tucana. Assim, teve apoio dos dois para federal. Quanto à AL ninguem se elegeu. Nas eleições de 2002, Henry volta a apoiar dois: Kishi (então no PPB, que virou PP) e Francisco da Silva (ex-PSB). Com essa divisão de votos, Cáceres, outra vez, ficou sem representante no Legislativo mato-grossense.

No pleito de 2006, como Túlio e Kishi já estavam na oposição, Henry lançou Duda Barros, filho do ex-prefeito Aloísio de Barros, e abriu espaço em Cáceres para Português, ex-prefeito de Araputanga. Os irmãos Henry jogaram pesado para eleger Português ao ponto do então prefeito Ricardo Henry, meses antes das eleições, nomeá-lo como secretário de Governo. Com esse trunfo, o progressista se familiarizou mais com o eleitorado cacerense, trunfo fundamental para garantir cadeira de deputado. E, assim, atuam os caciques. Para levar vantagens eleitorais, eles recorrem a estratégia de pulverizar apoios para também receber mais adesões a seus projetos políticos e pessoais.





Fonte: RD News

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