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Policia MT
Quarta - 12 de Maio de 2010 às 01:02
Por: Adilson Rosa

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Luiz Augusto Goes
Lavrador disse que atingiu companheira porque ela o agrediu. Mulher fez série de queixas contra ele
Lavrador disse que atingiu companheira porque ela o agrediu. Mulher fez série de queixas contra ele

O lavrador Luiz Antônio Prazeres, de 35 anos, se apresentou ontem à polícia e confessou ter matado com golpes de faca a sua ex-companheira, a costureira Célia Santos Martins, de 26, em Chapada dos Guimarães. Ele alegou “legítima defesa”, pois a ex-esposa teria começado a espancá-lo. Ele, então se armou com uma faca e acabou perfurando-a no pescoço e na boca. O crime passional (motivado por paixão) ocorreu na terça-feira. Célia morreu na rua, em frente ao local onde trabalhava e vivia.

Segundo o delegado João Bosco de Barros, da Delegacia de Chapada dos Guimarães, Luiz Antônio está com a prisão preventiva decretada não pelo assassinato, mas por espancamento sofrido anteriormente. Ele foi enquadrado na chamada “Lei Maria da Penha”.

“Mesmo sem a preventiva, sabíamos quem era o autor e esperávamos a sua apresentação. Caso contrário, iríamos, sim representar pela preventiva”, frisou.

Luiz Antônio se apresentou ontem de manhã acompanhado do advogado Bento Filho. Conforme seu defensor, a partir de agora vai entrar com pedido de relaxamento da prisão no Fórum da Comarca de Chapada dos Guimarães. “Não será uma tarefa fácil, mas esse é o nosso trabalho”, admitiu o advogado. Ele adiantou que seu cliente confirmaria a autoria do crime.

Como agravante, existe o fato de o casal ter uma relação atribulada e a costureira ter procurado sempre a delegacia queixando-se da violência do companheiro.

Na terça-feira à tarde, o lavrador procurou Célia em frente à loja de roupas onde conversava com a irmã. Após uma breve discussão, ele pegou a faca e perfurou a companheira, que morreu no local. Em seguida, fugiu para a região rural conhecida como “Mata da Lebrinha”. Horas depois, um irmão dele ligou para a Delegacia perguntando “como estava a situação”.

Segundo o delegado, Luiz estava preso até 25 dias atrás por conta de um episódio de violência doméstica contra a companheira no mês passado. A prisão temporária foi transformada em preventiva, mas chegou até a delegacia na terça-feira à tarde, duas horas após o assassinato.

Segundo familiares, o relacionamento dos dois começou um mês após o término do casamento de Célia. Ela também era espancada pelo marido e resolver romper o relacionamento. “Por ironia, começou o namoro com Luiz e voltou a ser vítima de violência doméstica”, relatou um policial. Luiz deverá ficar preso na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, que funciona num anexo à delegacia.






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