Pesquisa revela problemas de saúde aos profissionais da Educação
Más condições de trabalho afetam a saúde dos professores. Essa foi a constatação do estudo realizado pelas Secretarias do Estado de Saúde (SES/MT) e de Educação (Seduc/MT), a pedido do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
O estudo, desenvolvido desde 2008, fez um “raio x” sobre a situação do professores que atuam na rede estadual de ensino no Estado. O trabalho partiu de uma série de reclamações da categoria e que, mais tarde, revelou dezenas de problemas de saúde entre os profissionais da Educação.
Segundo a pesquisa, a maioria dos casos tem origem nas condições inadequadas de trabalho, comprometendo o desempenho de professores e funcionários das escolas. Os professores citam, por exemplo, salas de aula mal-ventiladas e sem higiene adequada, material de trabalho em péssimas condições e estrutura física irregulares nas escolas. Já, entre os funcionários, o relatório apontou problemas enfrentados, por exemplo, pelas merendeiras, que sofrem com problemas na coluna em razão do carregamento inadequado dos “panelões”, onde são preparadas as refeição das crianças. Além disso, a pesquisa apurou também que por causa do afastamento do trabalho, muitos acabam em outras funções, que não são a sua especialidade.
Para a secretária de Formação Sindical do Sintep/MT, Marli Keller, é por meio da pesquisa que o Sindicato terá embasamento para estabelecer a metodologia que deve aplicar no trabalho com os educadores. “Os males relatados pelos professores são muitos e precisam ser encarados com muita seriedade”, frisou. “O trabalho possibilitará uma posição inédita em busca da melhor qualidade de vida para os educadores de uma maneira geral”, acrescentou.
Já a gerente da Vigilância e Saúde do Trabalho da SES/MT, Silmara Campos, pondera que a pesquisa é paliativa e não resolve a questão. Mas concorda com o posicionamento do Sintep/MT. “Em razão desta realidade, é que consideramos este diagnóstico de extrema importância para os profissionais que atuam na educação”, reforçou.
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