Governo estuda derrubar urgência do pré-sal no Senado
O calendário proposto pelo governo coloca a votação da capitalização da Petrobras para 25 de maio. Os líderes do PSDB e do DEM estiveram reunidos na tarde desta terça-feira com Jucá, mas não chegaram a um acordo. Os tucanos batem o pé e afirmam que só votam os projetos do pré-sal com a votação dos royalties junto. Os democratas acompanham o coro, mas admitem que são a favor da negociação por um calendário fechado e a derrubada da urgência.
O governo não admite, contudo, ceder no ponto sobre os royalties. O PSDB lançou nesta terça-feira a proposta de votar sem obstrução o arcabouço legal do pré-sal, com a condição de que a divisão dos royalties seja votada junto com os demais projetos, antes das eleições.
O governo desmembrou a votação da polêmica emenda sobre os royalties no Senado para depois das eleições e não quer voltar atrás na decisão. Segundo Jucá, a oposição deverá "arcar com as consequências" se obstruir a votação, pois assuntos importantes, inclusive do ponto de vista eleitoral, como o ficha limpa, ficarão só para depois dos projetos do pré-sal, que estão trancando a pauta pela sua urgência.
De acordo com o líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio, ainda há tempo para que a oposição alinhe melhor sua estratégia, já que há quatro medidas provisórias para serem votadas antes dos projetos do pré-sal, processo que pode durar 15 dias.
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