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Cidades/Geral
Terça - 11 de Maio de 2010 às 17:41

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Diretores do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) protocolizaram um pedido de proteção policial à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MT), na manhã de hoje (11). A solicitação foi motivada pelas ameaças de morte que os profissionais da educação de Cláudia têm recebido em função da greve, deflagrada no dia 17 de março.

O presidente da entidade, Gilmar Soares Ferreira, a secretária-geral, Vânia Miranda, o diretor regional do polo Nortão III, Antônio Cândido, o presidente da subsede de Cláudia, Edson Sauthier, o secretário de Finanças, Orlando Francisco, o secretário de Organização Sindical, Luiz Benedito Prina, e a assessora jurídica, Ignes Linhares, foram recebidos pelo chefe de gabinete do secretário Diógenes Curado, Major Alves.

Segundo Antônio Cândido, que também é vice-presidente da Câmara Municipal de Cláudia, os profissionais da rede municipal de ensino vêm sofrendo ameaças constantemente. “Estamos acampados em frente à prefeitura, mas de forma pacífica, sem causar qualquer tumulto. E várias vezes, pessoas ligadas ao prefeito (Vilmar Giachini) foram até lá nos pressionar, inclusive, incitando os manifestantes à violência”, relatou.

O diretor regional do Sintep/MT destacou ainda que esse posicionamento não surpreende, mas causa indignação. “Em 2003, fui vítima de ameaças incisivas por ter sido eleito diretor das escolas, num processo unificado. Tive, até, uma arma apontada para minha cabeça e tentativa de atropelamento”, lembrou. Durante esse período, ele também teve o salário cortado, mesmo atuando como diretor. “Numa demonstração de abuso de poder, o prefeito desconsiderou completamente a gestão democrática”.

De acordo com o presidente da entidade, a situação no município está insustentável. “É lastimável que os trabalhadores da educação sejam punidos, inclusive com corte de salários, por reivindicar um direito que está garantido por Lei”, protestou Gilmar Soares, citando a Lei 11.738/08, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).

Professores amedrontados - À medida que os dias passam, a preocupação dos profissionais aumenta. “Na última sexta-feira (07), tivemos a presença de pessoas ligadas ao Poder Executivo novamente tentando provocar a violência no acampamento”, frisou o presidente da subsede de Cláudia. “Há uma tensão constante, e não temos o respaldo da segurança do município”, acrescentou Edson Sauthier.

O Major Alves assegurou que pedirá urgência na mediação do conflito. “É preciso acompanhar a situação detalhadamente, mas sabemos que é uma situação grave e daremos a devida atenção”, informou. O assessor disse que vai repassar as informações ao secretário Diógenes Curado, para que as providências sejam tomadas.

Os diretores do Sintep/MT também protocolizaram um ofício, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), solicitando intervenção do presidente, deputado estadual José Riva (PP), e na Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto. “Buscamos todas as formas de negociação, mas o prefeito está irredutível”, afirmou Gilmar Soares. O parlamentar se colocou à disposição para buscar o restabelecimento do diálogo. O deputado estadual Ságuas Moraes (PT), que também recebeu os sindicalistas, disse que se reunirá com Vilmar Giachini, na tentativa de sensibilizar o prefeito. “É uma situação difícil, que precisa ser resolvida para o bem de todos”, ponderou.






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