Os mais afetados são homens, em geral jovens e que ocupam postos de responsabilidade
Estudo afirma que fazer hora extra aumenta risco de doenças cardíacas
Um total de 6.014 trabalhadores londrinos com idades entre 39 e 61 anos (4.262 homens e 1.752 mulheres) e sem histórico de doenças cardíacas foram acompanhados durante 11 anos em média como parte de um amplo estudo batizado "Whitehall II".
Durante o período de acompanhamento, 369 dos voluntários morreram de problemas cardíacos, tiveram um acidente cardíaco não fatal ou uma angina de peito (uma dor ou desconforto na região toráxica).
Segundo a autora do estudo, Marianna Virtanen, da University College of London e do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional de Helsinque, os problemas cardíacos relacionados a longas horas de trabalho são independentes de outros fatores de risco associados, como o tabaco, o excesso de peso ou a taxa elevada de colesterol.
De acordo com o estudo, os mais atingidos são homens, em geral mais jovens do que a média e que ocupam postos de trabalho de maior responsabilidade.
Contudo, os pesquisadores ainda não descobriram as causas que justificam a relação entre os problemas no coração decorrentes das horas excessivas de trabalho. Uma pista pode ser que o trabalho adicional afetaria o metabolismo ou encobriria os estados depressivos, de ansiedade ou de falta de sono.
O fato de os empregados trabalharem mesmo quando estão doentes, ignorando sintomas e sem consultas de um médico, pode igualmente estar entre as causas do problema.
Marianna avalia várias possibilidades, como costumes de vida pouco saudáveis e fatores de risco mais extensos entre as pessoas que trabalham em excesso.
- Outra possibilidade é que o estresse crônico (geralmente associado às longas horas de trabalho) afete o organismo.
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