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MT Eleições 2014
Terça - 11 de Maio de 2010 às 14:38
Por: Andréa Haddad

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Os membros da executiva do PMDB estão menos resistentes à formação de um “chapão” com PT e PR nas eleições a deputado federal e estadual, mas ainda cobram igualdade de condições para concorrer com os pré-candidatos republicanos, que por mais de sete anos comandaram o Palácio Paiaguás com Blairo Maggi, ex-governador e pré-candidato ao Senado. Nesta segunda (10), à noite, os peemedebistas formaram uma comissão para discutir com PT e PR a possibilidade de compor nas proporcionais.

O vice-presidente da executiva, Nico Baracat, e os membros Levi Machado, Mário Lúcio, ex-vereador por Cuiabá e suplente de deputado, e o líder da bancada na Assembleia, Adalto de Freitas, o Daltinho, são os responsáveis por levar as exigências do partido aos aliados. “O diretório e a bancada aceitam discutir a coligação na proporcional com PR e PT, mas é só o começo das negociações. Não há nada fechado”, pondera Daltinho, considerado o mais resistente à formação do “chapão”.

Na avaliação do deputado, os pré-candidatos peemedebistas ainda estão em desvantagem em relação aos do PR. “O PMDB entra numa condição de fragilidade porque não temos uma atuação na máquina. A sigla tem expressão, mas não tem consolidado isso em espaço no governo, o que nos deixa em desvantagem em relação ao PR”, pondera.

Daltinho chega a levantar a possibilidade do PMDB compor apenas com o PT nas proporcionais, caso o PR deixe de apresentar um projeto de campanha igualitária para os pré-candidatos das três legendas. “O PMDB também precisa dessa composição, mas pode ser só com o PT, com quem estamos em condição de igualdade”, analisa.

O deputado chega a reclamar que desde 2007 o partido vem se sacrificando em função de um projeto maior, que seria a eleição de Silval Barbosa (PMDB) ao governo neste ano. Em 2006, o PMDB indicou o então deputado a vice na chapa vitoriosa de Maggi ao Palácio Paiaguás e, desde então, vive a expectativa de reconquistar o Executivo, o que ocorreu neste ano com a renúncia do republicano para disputar o Senado. Agora Silval tenta a reeleição. “Mais uma vez o partido está se sacrificando, como já ocorreu em outros governos. Depois o PMDB desaparece e ninguém sabe o porquê”, reclama Daltinho.

Ele diz que já conversou com Silval sobre o assunto, mas o governador insiste em evitar desgastes com os aliados para obter o apoio nas candidaturas majoritárias. Apesar da insatisfação, Daltinho garante que o partido vai priorizar a pré-candidatura de Silval à reeleição com o apoio do PR e PT. “Na verdade, essa aliança com o PR é importante porque, querendo ou não, eles veem no Silval um importante puxador de votos para consolidar o espaço que já têm ou que querem ampliar. O PT também precisa do grupo para garantir a possibilidade de eleger dois deputados estaduais”, analisa.

Daltinho aproveita para mandar um recado aos republicanos, em especial ao presidente do partido, deputado federal Wellington Fagundes, que cobra sistematicamente a formação do chapão. “Queremos ter o mesmo poder de barganha que os pré-candidatos do PR”.





Fonte: RD News

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