Durante reunião com o staff, Silval ouviu o relato do auditor-geral José Alves e do procurador-geral Dorgival Veras de que o secretário Eder não teve envolvimento na compra superfaturada
Auditor e procurador isentam Eder de participação em compra irregular
O auditor-geral do Estado, José Alves, e o procurador-geral, Dorgival Veras, isentaram nesta segunda (10) o secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, de envolvimento nas supostas irregularidades na compra dos 705 maquinários pelo governo. Durante a reunião do governador Silval Barbosa (PMDB) com o secretariado, no Palácio Paiaguás, eles sustentaram que não existem indícios de envolvimento do secretário no superfaturamento investigado pela Delegacia Fazendária. Conforme José Alves e Dorgival Veras, a participação de Eder foi apenas técnica, já que o processo de aquisição e liberação dos recursos não passou pela secretaria estadual de Fazenda, à época comandada por Eder. “Ele apenas cumpriu o seu dever, até onde era de sua responsabilidade, dentro das suas atribuições enquanto secretário de Fazenda”, informaram a Silval.
A denúncia de compra superfaturada de máquinas e caminhões provocou a saída de Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto das pastas de Infraestrutura e Fazenda, respectivamente. O governador não acredita que seja necessário exonerar Eder pois os recursos para a aquisição do maquinário foram viabilizados mediante empréstimo do Estado com o BNDES e liberados pelo Banco do Brasil. Como o secretário articulou o empréstimo, a oposição passou a pressionar o governador pela saída dele. Ao menos por enquanto, porém, as críticas ao secretário não surtiram efeito.
Além de ouvir as alegações de isenção de Eder, o governador aproveitou a reunião com os membros do staff para cobrar a interiorização das políticas públicas. O recado foi dado aos secretários de Justiça e Segurança Pública e Saúde, Diógenes Curado e Augusto Amaral, respectivamente. Com isso, eles devem iniciar imediatamente um plano de ampliação de atendimento ao interior. Silval também determinou o início do governo itinerante, que prevê a ampliação dos serviços essenciais no Estado. O peemedebista já havia solicitado aos secretários um planejamento de ações imediatas de combate à criminalidade e violência por meio do Comando Geral da Polícia Militar. Agora cobrou que os planos sejam colocados em andamento.
Acelerar as ações e dar continuidade às ações da gestão do antecessor, Blairo Maggi (PR), é uma das estratégias do governador para amenizar o impacto das denúncias de superfaturamento na compra de maquinários pelo Executivo. O programa "Mato Grosso 100% Equipado” foi lançado e executado ainda no governo de Maggi (PR), que renunciou ao cargo para concorrer a uma das duas vagas a senador. Contudo, o escândalo respinga na administração Silval, que assumiu o comando do Estado em 31 de março deste ano.
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