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Economia
Domingo - 09 de Maio de 2010 às 11:41
Por: Jonas da Silva

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O consumo de gás natural em Mato Grosso teve queda de 56,3% no primeiro trimestre deste ano comparado com o mesmo período do ano passado, motivado pela pouca utilização entre os setores industriais e postos. Foram 811,7 mil metros cúbicos em 2009 e 354,4 mil metros cúbicos neste ano. No ano passado, à medida que passavam os primeiros meses do ano, a demanda pelo combustível para os veículos foi crescente, como neste ano, quando o consumo nos postos continuou em alta, mas em menor proporção. O não fornecimento frequente do produto preocupa usuários da frota automotiva e a direção da Empresa Pantanal Energia (EPE), que controladora da Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá).

O presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), Helny de Paula, confirma a baixa ao não funcionamento da usina, que demanda maior consumo, e também porque outras indústrias deixaram de utilizar o gás natural este ano, devido à insegurança da oferta. A planta está sem produção de energia a partir do gás há 2 anos e 8 meses. Ele frisa que uma solução definitiva para a falta do combustível requer negociação de fornecimento firme entre o governo brasileiro, via Itamaraty, o governo boliviano, por meio da estatal petrolífera do país, a YPFB, e a Petrobras, que já sinalizou que do contrato total de 31 milhões de metros cúbicos/dia da produção do país vizinho, 2,2 milhões poderiam ser destinados a Mato Grosso via o Gasoduto Bolívia-Brasil, entregues até à fronteira de Corumbá (MS), conforme reunião há 10 dias do governador Silval Barbosa com o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli.

A concretização da iniciativa da proposta depende de autorização do governo central da Bolívia. No mês passado, a equipe do governo estadual, comandada pelo secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf; o diretor da empresa Pantanal Energia, Fábio Garcia esteve com o executivo da estatal brasileira. O cônsul boliviano em Mato Grosso, José Luiz Fuentes, explica que nos últimos 30 dias, equipes técnicas do governo brasileiro e da Bolívia se reuniram em Santa Cruz de la Sierra e em La Paz para negociar o fornecimento do gás natural. Anteriormente, setores do gás natural boliviano fizeram um levantamento sobre a demanda do gás para Mato Grosso, mas o resultado do levantamento não foi tornado público.

A térmica de Cuiabá necessita de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos diários para produzir 480 megawatts (MW) de energia. Com 1,1 milhão (m3) de gás é possível gerar 240 MW. Apenas a oferta de gás natural veicular (GNV) é feita a Mato Grosso, cujo contrato temporário com a GasOcidente expira em 30 de maio.





Fonte: A Gazeta

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