Escândalo não deverá prejudicar as alianças, avalia caciques do PP
Considerado um dos maiores líderes do PP, o deputado federal Pedro Henry alega que o partido não pode prejulgar ninguém e por isso vai manter as conversações visando a formação de uma aliança com o PMDB. Ele não descarta, porém, aproximação com os pré-candidatos Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB).
"É prematuro fazer qualquer avaliação. Por isso, é difícil prejulgar as pessoas. Esse processo pode ter mudanças. Nada foi provado nada ainda", pondera Henry, que já foi alvo de vários escândalos, como suposto envolvimento no Mensalão que o rendeu até uma ação penal. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, que responde a dezenas de denúncias de improbidade, também prefere não julgar os governistas, já que as acusações de superfaturamento de R$ 36,8 milhões na compra de máquinas e caminhões ainda são investigadas pela Delegacia Fazendária.
O escândalo já rendeu a queda de dois secretários de Silval Barbosa, Geraldo De Vitto (Administração) e Vilceu Marchetti (Infraestrutura). A favor do governador pesa o fato de que ele deu continuidade às investigações determinadas pelo ex-governador Blairo Maggi (PR).
Mesmo avaliando que Silval não foi prejudicado até o momento com o escândalo, o PP decidiu deixar para junho a definição de qual candidato a governador vai apoiar. Os partidos têm até o mês que vem para realizar convenções partidárias.
Neutro - Apesar da proximidade nacional com o PSDB, que poderá ter um pepista como candidato a vice-presidente, os líderes do PP em Mato Grosso garantem não haver preferência por nenhum candidato atualmente no Estado, nem mesmo o governador Silval Barbosa, que vêm sendo apoiado pela agremiação desde a gestão de Blairo Maggi (PR), ou o prefeito Wilson Santos, que poderia ser beneficiado pela conjuntura nacional.
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