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Economia
Domingo - 09 de Maio de 2010 às 02:17
Por: Marcondes Maciel

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O agronegócio garantiu a Mato Grosso o primeiro lugar no ranking de crescimento do PIB entre 1995 e 2007, segundo recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado acumulou um acréscimo de 111,5% no seu PIB. No mesmo período, a renda “per capita” mato-grossense – que mensura o poder de consumo da população - saltou da 15ª posição para a 7ª colocação no ranking nacional.

Para os técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda, estes números foram alcançados graças à política fiscal e de incentivos adotada pelo governo de Mato Grosso. Trouxemos várias indústrias e empresas para se instalar no Estado e agregar valor à nossa produção. A economia está no caminho certo e demonstra que Mato Grosso possui uma grande capacidade de recuperação, já que mesmo com a crise do agronegócio em 2005 e 2006, nós já estamos com um crescimento anual acima de 11%”, destaca o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf.

Segundo ele, o último exemplo da “bem sucedida” política de incentivos fiscais foi o anúncio da implantação da nova fábrica de cimentos do Grupo Votorantim, na última quinta-feira, com investimentos totais da ordem de R$ 350 milhões nos próximos dois anos.

EXPANSÃO - Detalhando a pesquisa do IBGE, o assessor econômico da Sefaz, Vivaldo Lopes, explicou que o crescimento de 111,5% demonstrado foi fortemente puxado pela cadeia do agronegócio. A agricultura e a criação de animais, incluindo a indústria de processamento, tiveram entre 1995 e 2007 crescimento de 257%. O setor industrial cresceu 109%, seguido pelo setor de serviços, com alta de 71%. É a média ponderada destes três indicadores, conforme sua participação financeira no mercado, que formam o PIB de Mato Grosso.

O Estado ainda teve sua renda per capita destacada em R$ 14,954 mil, a sétima do país e praticamente R$ 500 acima da média nacional, que é de R$ 14,464 mil. “Alinhando esta renda com os dados da Fundação Getúlio Vargas, que apontam que Mato Grosso conseguiu reduzir em 23% o número de famílias pobres, concluímos que o poder de compra está maior no Estado. As famílias estão consumindo mais e tendo melhoria na qualidade de vida”, comentou Lopes.

Para se ter idéia da diferença entre as rendas per capita nos estados, o Piauí, o pior na pesquisa do IBGE, obteve renda de R$ 4,662 mil. Na ponta extrema da pesquisa está o Distrito Federal, com R$ 40,696 mil “por pessoa”, seguido por São Paulo, com renda per capita de R$ 22,667 mil.

AINDA MAIOR - Os indicadores da Sefaz apontam ainda que para cada 1 ponto percentual de crescimento mundial do PIB – que este ano deve chegar a 4,20% - o PIB estadual cresce 1,5%. Neste caso, o PIB estadual poderia até mesmo ultrapassar a 6% de crescimento em 2010.

Em uma simulação com o PIB brasileiro, que deve avançar 5% este ano, o PIB estadual poderia alcançar um incremento de 9,5% considerando que para cada 1 ponto percentual de crescimento no PIB brasileiro, Mato Grosso cresce 1,9%.

“Contudo, em um cenário moderado ou racional, o PIB mato-grossense cresceria entre 5% e 6%. No cenário mais arrojado ou eufórico, este crescimento poderia ficar entre 7% e 9%”, analisa o secretário adjunto de Receita Pública da Sefaz, Marcel Souza de Cursi. Já em um “cenário pessimista” – caso as previsões de crescimento do PIB mundial e brasileiro não se confirmem – Mato Grosso cresceria entre 3% e 4%.

Com base nesses estudos, os técnicos da Sefaz concluem que a economia terá um comportamento melhor em 2010, devendo retomar, efetivamente, o nível de investimentos em um grau mais elevado a partir de 2011.






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