Partidos de MT sofrem com escassez de candidaturas

Sem a renovação sistemática e necessária de lideranças, os partidos de Mato Grosso têm enfrentado dificuldades para compor as chapas que irão disputar as eleições proporcionais, sobretudo as de deputado federal, nas eleições gerais de outubro. Levantamento preliminar realizado pelo site Olhar Direto constatou que a escassez é clássica e deve forçar as siglas a buscarem coligações e formarem os chamados “chapões”.

Um dos exemplos é quanto ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), que tem apenas um nome confirmado, o do atual deputado federal Valtenir Pereira, e busca de todas as formas alavancar nomes para as proporcionais e, especialmente, parceiros para formar uma chapa viável para eleger pelo menos um representante à Câmara Federal.

Além de Valtenir, o Movimento Mato Grosso Muito Mais, encabeçado pelo empresário Mauro Mendes, pré-candidato ao Governo do Estado, já tem confirmado o nome de Eduardo Moura do PPS (Partido Popular Socialista), que também sofre com a escassez de líderes, e busca reforçar a chapa com o nome do deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT).

“O Movimento Mato Grosso Muito Mais (formado por PSB- PPS-PV-PDT) tem essa fragilidade que precisamos resolver, se o Pivetta sair a federal e conseguirmos confirmar mais nomes, o movimento se consolida com facilidade”, disse Valtenir em entrevista ao Olhar Direto.

Outro partido que deve buscar coligações, também por escassez, é o Partido da República (PR), que apóia o pré-candidato à reeleição do atual governado Silval Barbosa (PMDB). Pelos republicanos os nomes confirmados são os atuais federais Wellington Fagundes e Homero Pereira.

Segundo o secretário geral do partido, Emanuel Pinheiro, o objetivo mínimo da sigla republicana é manter as duas vagas. O PR articula alianças com o PMDB e o PT, no chamada chapão do núcleo duro governista.

Já os peemedebistas irão lançar os nomes de Carlos Bezerra à reeleição, o professor e suplente de deputado federal Victorio Galli, a ex-vereadora de Tangará da Serra Edna Márcia Campos e o empresário de Cáceres Marco Aurélio Araújo, conhecido como Lelo.

O Democratas (DEM) também sofre com o mesmo problema e hoje só tem consolidado os nomes do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-governador , Julio Campos, o ex-presidente da Empaer Leôncio Pinheiro, irmão do ex-senador falecido Jonas Pinheiro, e o vice-presidente do DEM de Rondonópolis, o empresário Israel Borges.

Já o PSDB deposita suas esperanças na reeleição da deputada federal Thelma de Oliveira, no ex-governador Rogério Salles e no ex-prefeito de Sinop Nilson Leitão. O PTB, que deve compor, com PSDB e DEM nas duas proporcionais, irá confirmar os nomes no próximo dia 15, quando o pré-candidato à presidência pelo PSDB José Serra vêm à Cuiabá.

“Não temos uma boa chapa para federal, mas os nossos nomes serão confirmados na visita do (José) Serra (pré candidato do PSDB à Presidência da República ”, afirmou o suplente de senador Osvaldo Sobrinho, principal cacique do PTB.

O único partido que se mostra consolidado para disputar as eleições proporcionais é o PP (Partido Progressista). As lideranças da sigla ressaltaram na quinta-feira (06), durante reunião no Diretório Regional para definir a Agenda Progressista, que o partido está focado nas candidaturas a deputados federais e estaduais.

“Estamos trabalhando duramente as candidaturas proporcionais, temos convicção que o PP é um dos mais preparados para isso”, afirmou o deputado Pedro Henry, um dos nomes já confirmados pelo partido que irá concorrer à reeleição.

Além de Henry outros nomes confirmados pelo partido são o do também deputado federal Eliene Lima, do estadual Chico Daltro, o empresário Roberto Dorner, o bispo evangélico Sérgio Alencar, o agricultor Nery Gueller e o também agricultor e suplente Rogério Silva. O deputado estadual José Riva, uma das principais lideranças progressistas, informou ainda que já existe uma lista com mais nomes. “Já temos uma lista e vamos concorrer com o número máximo permitido de candidatos a deputado federal”, disse o progressista.