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Economia
Sábado - 08 de Maio de 2010 às 09:57
Por: Vívian Lessa

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Custos incluem mão-de-obra, que está escassa no Estado
Custos incluem mão-de-obra, que está escassa no Estado
Construir em Mato Grosso ficou 5,86% mais caro em abril deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os consumidores do Estado desembolsaram R$ 695,78 por metro quadro em 2010, ante R$ 657,28 (m2) registrados em 2009. O percentual estadual é o mesmo obtido pela média nacional no referido mês. Mato Grosso ocupou a 12ª posição no ranking brasileiro onde as pessoas desembolsam mais para tocar uma obra, a mesma alcançada em abril de 2009, quando o percentual de crescimento sobre 2008 chegou a 11,96%. Os dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculados pela Caixa Econômica Federal e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta sexta-feira (7).

No país os gastos com material de construção e mão-de-obra totalizaram, respectivamente, R$ 418,65 e R$ 312,01 (m2) no quarto mês deste ano. Conforme o levantamento, na comparação com o mês de março, quando o custo da construção civil alcançava R$ 694,75 (m2) houve uma leve variação, de 0,15%. O IBGE não estratifica estes dados por unidade da federação. O presidente da Associação do Comércio Varejista de Material de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT), Antônio Guerino Zompero, aponta que o aumento no custo da construção civil é incentivado tanto pelos reajustes de preços dos produtos quanto da mão-de-obra.

Segundo ele, os profissionais capacitados do ramo da construção civil no Estado estão escassos. "Por não ter muita tecnologia, o custo da força braçal é alto". Ele ressalta que esse cenário deve permanecer até 2014. "Até lá, o setor que está influenciado pela Copa do Mundo irá contabilizar aumentos expressivos nos gastos para construir". Sobre as vendas, o presidente da Acomac destaca que abril superou as expectativas em relação a março, mesmo considerando os feriados daquele mês. Para ele, o desempenho positivo foi influenciado pela trégua das chuvas. A expectativa, segundo Zompero, é que maio tenha o mesmo desempenho.

Construção - De acordo com os dados do Sistema de Recuperação Automática (Sidra), do IBGE, em abril, para construir em Mato Grosso o consumidor pagou em média de R$ 38 (m3) de areia, R$ 359,90 pelo milheiro de tijolo furado. O levantamento ainda mostra que o custo médio da telha cerâmica com 50 centímetros era de R$ 411 o milheiro, já a telha tipo francesa estava cotado a R$ 794,50. O cimento foi vendido por cerca de R$ 18,90 (saco com 50 kg) e a massa corrida, R$ 14,21 (3,6 litros).

Nacional - O Índice Nacional da Construção Civil teve alta de 0,37% em abril, o que significou uma desaceleração 0,39 ponto percentual em relação a março (0,76%). Comparado à taxa de abril de 2009 (0,32%), o índice atual avançou 0,05 ponto percentual. O custo nacional da construção por metro quadrado, que no mês de março havia sido R$ 727,94, em abril passou para R$ 730,66.

Empregos - O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 6% no primeiro trimestre, com a contratação de 147,517 mil trabalhadores formais, segundo a pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês de março, o nível de emprego aumentou 1,79% em relação a fevereiro. O montante equivale à contratação de 45,704 mil trabalhadores com carteira assinada. O resultado representa um novo recorde de 2,604 milhões de trabalhadores empregados.





Fonte: A Gazeta

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