Bezerra pressiona governador a "emplacar" 30 peemedebistas
O “cacique” do PMDB no Estado, deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) está irritado com a falta de companheirismo do governador Silval Barbosa, do mesmo partido, que até o momento não tem atendido pedidos e ignora a “lista de indicações". Desde que o ex-governador Blairo Maggi (PR) passou a cadeira para Silval, Bezerra tem insistido para que o governador “encaixe” 30 nomes de correligionários na máquina estadual.
Para pressionar Silval, o cacique passou a usar o escândalo do superfaturamento dos maquinários, que supostamente envolve atuais secretários do governo, para que seu pedido seja finalmente atendido.
Desde que assumiu o mandato, Silval tem imposto sua liderança e colocado Bezerra na "geladeira". A única sugestão acatada até agora foi do advogado e ex-superintendente do Incra-MT, Clóvis Cardoso, nomeado secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural.
Temendo desgaste, o novo governador tem se mantido distante de Bezerra para evitar ter a imagem vinculada à do cacique. A estratégia tem rendido o apoio daqueles que temiam a interferência do presidente do PMDB no governo. Até agora Silval tem controlado a situação, mas sabe que, se confrontado, Bezerra pode usar seu poder de articulação sobre as pré-candidaturas majoritárias e proporcionais, além das alianças partidárias.
Recentemente a imagem de Bezerra voltou a sofrer desgaste com a prisão de três membros do PMDB, diretamente ligados a ele, por suposto envolvimento em fraudes em processos licitatórios da Funasa e na prestação de serviços por Oscips a secretarias de Saúde.
Carlos Bezerra foi prefeito de Rondonópolis por dois mandatos, deputado estadual, federal, governador e senador. Em 2007, com 75.215 votos, assumiu a cadeira na Câmara Federal, após amargar duas derrotas seguidas, em 1998 e 2002. Neste ano, ele busca a reeleição numa dobradinha com a esposa Teté Bezerra, pré-candidata a deputada estadual.
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