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Sexta - 07 de Maio de 2010 às 12:29
Por: Marcia Matos

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O ex-secretário estadual de Infraestrutura, Vilceu Marchetti(PR), parece não ter se recuperado do “baque” que sofreu após as denúncias de superfaturamento na compra de 705 máquinas pelo governo, que culminaram em sua exoneração. Apesar de ter afirmado categoricamente que não iria fugir de ninguém, que estaria à disposição tanto da imprensa quanto da Justiça para todos os esclarecimentos necessários, Marchetti fez as malas e foi descansar no Pantanal. Segundo informações, ele se refugiou em sua fazenda, sem data para retornar a Cuiabá. Deve ficar no local pelo menos até a poeira abaixar.  Sem telefone e longe da mídia, ele evita especulações a respeito de sua participação no processo licitatório, denunciado por superfaturamento, além da ação popular, na qual é citado como réu e que pede a indisponibilidade de seus bens. 

A exoneração de Marchetti foi marcada por lágrimas. Trêmulo, Vilceu afirmou que fez o melhor que podia. “Tenho convicção de que faço e fiz o melhor em quase cinco anos de atuação no governo. Tenho certeza que minha equipe trabalhou em perfeita conformidade na compra destas máquinas”,disse, ao evitar apontar culpados.

Ele não soube explicar porque não se atentou à diferença de preços entre o valor cobrado pelas concessionárias e o negociado com as empresas. “O processo ocorreu normalmente. O pregão está aí para ser assistido por quem quiser”, argumentou. Quanto ao pagamento de propina, se exaltou ao dizer que somente o Ministério Público pode ou não afirmar se ocorreu. “Não tenho essa informação. Se houve, esse dinheiro não caiu na minha conta, nem na conta da minha mãe, nem dos meus filhos”, frisou.

Ao deixar a pasta de Infraestrutura, o ex-secretário declarou que deveria ter deixado o governo junto com Maggi, mas ficou, por ordem do então governador para apurar as denúncias de superfaturamento. Vilceu anunciou que agora iria se dedicar à campanha do ex-governador, pré-candidato ao Senado Blairo Maggi . 
   
Sachetti foi prefeito de Primavera do Leste. Ele pertencia ao DEM (ex-PFL) e migrou para o PR, com o intuito de se aproximar do então governador Blairo Maggi e manter o cargo.

Superfaturamento

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o suposto superfaturamento de R$ 36,8 milhões na compra pelo Estado de 705 máquinas para o programa Mato Grosso 100% Equipado, adquiridos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde a denúncia do MPE, dois secretários estaduais já perderam seus cargos. Pediram exoneração Vilceu Marchetti (Sinfra) e Geraldo de Vitto, da secretaria de Administração (SAD).

A Delegacia Fazendária conduz as investigações com a ajuda do secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, incumbido pelo governador Silval Barbosa para acompanhar os trabalhos. Nos corredores do Paiaguás o clima é tenso. O desafio agora é recuperar a imagem do peemedebista e impedir que a Assembleia Legislativa crie uma CPI para apurar os fatos.





Fonte: RD News

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