A passeata percorreu a avenida Brasil. Nas faixas, frases indicando o descumprimento de compromissos do Município com a classe.
Médicos da rede pública saem às ruas e fazem manifesto em Tangará

Médicos da rede pública de Tangará da Serra, realizaram na tarde de ontem uma passeata na avenida Brasil. Utilizando nariz de palhaço, faixas e buzinas, os médicos chamaram a atenção do poder público, para o caos que se encontra a saúde do município.

A passeata saiu de frente a prefeitura municipal, percorreu a avenida Brasil – com destino a Promotoria de Justiça de Tangará da Serra. Na faixa, além da frase indicando o descumprimento de compromissos do Município com a classe, ganhou destaque também, um apelo pedindo a volta do ex-secretário municipal de saúde Hélio Márcio – que na última quarta-feira pediu demissão do cargo.
De acordo com a médica, Scheila Fantin Burati, o intuito da manifestação é despertar para a população o grande transtorno que está a saúde pública do município, com a desvalorização do profissional.

“Como todos sabem esteve aqui uma oscip, que saiu por irregularidades. E desde o dia 8 de abril, os profissionais estão sem contrato de trabalho”, declara. Em seguida, saiu a proposta de um teste seletivo, que de acordo com a médica não reflete a realidade. “Nós estamos aqui hoje [ontem], para pedir apoio da população. Nós queremos saúde pública com qualidade e com a valorização devida do profissional”, desabafa.

Sobre a saída repentina do ex-secretário municipal de saúde, Hélio Márcio, Scheila,  afirma que isto foi um fato lamentável para saúde. “Ele foi um secretário que demonstrou muita credibilidade, que valorizou a saúde, e mostrou preocupações verdadeiras, oferecendo apoio aos profissionais”, fala. 

Apesar da paralisação da classe médica que ocorreu durante todo o dia de ontem no município, não houve tumulto nos atendimentos realizados na Unidade Mista de Saúde (UMS). Segundo informações de funcionários do local, conforme os pacientes iam chegando, a situação era colocada para os mesmos, que apesar de insatisfeitos, concordavam em retornar no dia seguinte. Durante a passeata, médicos informaram que não obtiveram nenhuma resposta por parte do Executivo Municipal. Mas garantiram que os atendimentos seriam normalizados hoje. Porém não descartaram, a possibilidade de uma greve.