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Policia MT
Sexta - 07 de Maio de 2010 às 09:17

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O soldado PM Nascimento, acusado de envolvimento no assassinato do taxista João Quirino Martins, de 57 anos, se apresentou ontem de manhã na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele deveria ser interrogado pela delegada Sílvia Pauluzi, mas, por causa da mudança de prédio, o depoimento foi transferido para hoje. Aos policiais plantonistas, admitiu que atirou, mas alegando legítima defesa.

A delegada informou que, independente do depoimento, o militar será indiciado pelo assassinato do taxista, ocorrido na terça-feira à noite, no bairro Mapim, em Várzea Grande. O militar participava de uma festa numa casa vizinha a do taxista, que chegou embriagado e foi tomar satisfação por causa do volume do som.

Testemunhas disseram que o taxista chegou armado com uma faca e, após uma rápida discussão, foi atingido por quatro tiros de pistola morrendo no local. Para alguns policiais, será difícil o militar sustentar a legítima defesa uma vez que atirou quatro vezes. “Legítima defesa é um tiro”, observou um policial.

A delegada informou que caberá ao Ministério Público Estadual (MPE) fazer a denúncia do assassinato e aos advogados do militar alegarem legítima defesa. “Vamos ouvir o suspeito, testemunhas e juntar laudos. Quem define a tipificação do crime é o Ministério Público”, esclareceu.

Testemunhas disseram que na residência do vizinho do taxista ocorria uma festa com vários convidados, onde o volume do som estava incomodando alguns moradores. Assim que retornou para casa, o taxista foi pedir para abaixar o volume.

“Ele teria discutido com as pessoas e voltou para casa. Não demorou muito e voltou com uma faca. E, aí aconteceu. A gente escutou os tiros”, disse um morador próximo do local do crime. Testemunhas acrescentaram que, após os tiros, o som que vinha da casa também não foi mais ouvido.

A esposa da vítima informou que o marido chegou em casa embriagado e ficou incomodado com o som. Disse a ela que iria pedir para abaixar. “Sei que a vizinha é conhecida como Ana e tinha uma festa lá. Não converso muito com vizinhos. Ainda escutei um deles chamando meu marido para beber. Depois, ouvi os tiros”, relatou. João Quirino trabalhava no Centro de Cuiabá e fazia ponto em frente à prefeitura da Capital.






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