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Economia
Quarta - 05 de Maio de 2010 às 22:23

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O presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, criticou a decisão do governo de retirar o benefício da redução de 40% sobre o Imposto de Importação de autopeças.

A eliminação valerá por seis meses. "As importações de autopeças vem crescendo rapidamente e o setor passou de superavitário para deficitário. O déficit em 2009 foi de US$ 2,5 bilhões. O redutor foi implementado há 10 anos, em um contexto diferente do atual", informou o Ministério da Fazenda.

A medida faz parte do pacote do governo anunciado hoje para estimular as exportações. Belini acredita que, se por um lado, a retirada do benefício vai diminuir o deficit no setor de autopeças, pode gerar pior desempenho na balança comercial de veículos.

"Os veículos que tem um alto índice de peças importadas vão perder para os importados", aponta. De acordo com ele, a retirada total do benefício em seis meses vai significar aumento de 6% no custo dos materiais importados.

Segundo ele, não há como garantir se haverá aumento de preços para o consumidor. "Quem define o aumento do preço é o mercado, mas sem dúvida há um aumento de custos. Quando há um aumento de custos há uma tendência de aumentar o preço", afirmou.

Estimativas do Ministério do Desenvolvimento sugerem que o setor de autopeças encerrará o ano com deficit de cerca de US$ 5 bilhões na balança. "A retirada do redutor já vem sendo pedida há muitos anos. É uma medida que pode criar mais empregos e mais produção no setor", afirmou o ministro, Miguel Jorge.

Celulose e Papel

Para a presidente da Bracelpa (Associação de Papel e Celulose), Elizabeth de Carvalhes, a criação do EximBrasil é parte mais importante do pacote de exportações. Segundo ela, a falta de um banco específico para o comércio prejudicou o setor na crise porque forçou os empresários a buscar apoio na própria liquidez.

"Um país que deseja se inserir no mercado mundial precisa ter um Eximbank", aponta. Segundo ela, o setor de celulose brasileiro exporta 80% da produção e perdeu 53% do mercado por conta de importações.






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